(Republicação ampliada)
A 15 de Maio de 1973, numa reunião dos altos comandos militares da Guiné Portuguesa foi apresentado o mapa abaixo (copiado daqui), onde se mostravam as regiões da província ultramarina onde o inimigo (PAIGC) promovia acções de guerrilha. Tratava-se à época de um documento classificado, sinal de rigor e impermeabilidade àqueles retoques que a propaganda costuma acrescentar.
Para um poder colonial que, como qualquer outro, tem como tarefas primordiais a pacificação e a manutenção da segurança do território sobre o qual exerce autoridade, aquela mancha que cobria então cerca de 85% da província, em expansão depois de dez anos de conflito armado, pode ser compreendida hoje, apesar de algumas obtusidades, como a confissão gráfica da derrota portuguesa na Guiné. O boletim informativo relativo à actividade da guerrilha naquela quinzena parecia reflectir, na medida do possível, as perspectivas sombrias.
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