22 janeiro 2008

A AUDIÊNCIA E A INFLUÊNCIA

Estou para descobrir qual será a parcela de audiência e qual será a verdadeira parcela de influência de Marcelo Rebelo de Sousa nas suas intervenções semanais de Domingo à noite. Conheço quem não perca e quem apenas veja, quem o ouça com a atitude de quem assiste a um espectáculo de Luís de Matos e quem confesse não acreditar em nada do que ele diz mas afinal acredite, e di-lo apenas porque está in não dar confiança a Marcelo em público...
No último Domingo, segui Marcelo com atenção enquanto ele desmontava Correia de Campos: as pessoas, instintivamente, prefeririam ter um médico ao pé da porta, embora houvesse razões científicas para justificar como esse instinto se enganava, mas afinal o problema principal do ministro é que ele não explicava a sua política de saúde e, quando explicava, explicava a reboque dos acontecimentos, e assim perdera definitivamente toda a credibilidade...
Este convívio continuado com Marcelo começa a desenvolver-nos cumplicidades e reconhecimentos de padrões. Embora Marcelo não se ensaie nada em se meter em explicações técnicas sobre qualquer assunto (ainda não o ouvi falar sobre física nuclear, mas não perdi a esperança…), o problema destas questões em que o titular da pasta é mais reputado tecnicamente costuma vir a ser sempre atribuído à insuficiência das explicações…
Fica a sensação que, tivesse havido a oportunidade, num hipotético governo de Marcelo tudo teria sido muito bem explicadinho. Não teria havido oportunidades para esses erros políticos da falta de explicações, de que acusou Correia de Campos. Basta lembrar a audiência alcançada pelas próprias explicações de Marcelo Rebelo de Sousa a propósito do último referendo sobre a despenalização do aborto, e do sucesso registado…mas por Ricardo Araújo Pereira.

3 comentários:

  1. As escolhas de Marcelo são o que são, um mero exercício "casuístico" (como ele gosta de dizer)cujo mérito(?) reside no respeito de uma lógica que é a sua (dele).
    Pouco importando se a verdade e a realidade jogam nesse campo onde Marcelo é o dono da bola.
    Um pouco como Pulido Valente.
    Não interessa muito se tem ou não razão, basta-nos apreciar o estilo do jogador.
    É uma outra visão das coisas, uma espécie de amena pausa...

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  2. Concordo consigo Carteiro mas, no estilo, sempre preferi o Luís de Matos: está subentendido desde o princípio da actuação que nada daquilo é a sério, ali há truque...

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  3. Marcelo é sem dúvida o maior prestímano das nossas pantalhas, principalmente porque, mesmo quando falha o truque, consegue desaparecer durante uma semana e volta como se tivesse acertado em cheio.

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