Um amigo fez-me ontem recordar, a propósito das declarações imbecis de Aguiar-Branco, como há momentos informativos que, graças a esses protagonistas políticos, bem poderiam passar por sketches dos Monty Python. A passagem que acima se destaca, onde Teresa Leal Coelho propôs (crê-se que com seriedade...) a aplicação de sanções jurídicas (que depois não chega a especificar) aos juízes do Tribunal Constitucional, foi um desses momentos. O humor clássico far-nos-ia pegar na proposta e encaminhá-la para propostas ainda mais delirantes como:
a) sanções pecuniárias, multas severas para os membro do tribunal que se pronunciassem pela inconstitucionalidade dos diplomas apresentados pelo governo;
a) sanções pecuniárias, multas severas para os membro do tribunal que se pronunciassem pela inconstitucionalidade dos diplomas apresentados pelo governo;
b) sanções físicas, vergastadas e palmatoadas para os membros daquele tribunal que fundamentassem mal as suas declarações de voto;
c) e sanções criminais mesmo, com penas de prisão para os juízes que se mostrem reincidentes.
Mas o génio dos Monty Python vê-se pela forma como levam o absurdo da intimidação muito para além desse género de ortodoxia no disparate, em sketches como, por exemplo, os da Inquisição Espanhola. A verdade é que há prestações televisivas de Teresa Leal Coelho ou de Paula Teixeira da Cruz em que elas parecem verdadeiras cardealezas daquela Inquisição, a Espanhola. Manipular estatísticas sobre pedofilia? Nobody expects the Spanish Inquisition!
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