Não sei a origem das duas palavras mas sei que as aprendi, assim como os conceitos em que se devem empregar, quando estive no Colégio Militar. Trata-se dos verbos abardinar e avacalhar. O meu corrector automático do processador de texto, por exemplo, reconhece o segundo mas parece não fazer ideia do que seja o primeiro.
São termos próximos, o primeiro refere-se à mudança do teor de uma conversa pela utilização abusiva de palavrões ou grosserias (abardinar a conversa), enquanto o segundo tem uma conotação mais abrangente, de algo que, pelo seu comportamento geral, se torna impróprio. Mas as duas expressões podem ser empregues encadeadas: pode-se avacalhar uma cerimónia, abardinando o discurso, por exemplo.
Se o programa Prós e Contras de ontem na RTP1 teve vários momentos em que a conversa esteve para abardinar, o programa em si, na sua totalidade, foi um grande avacalhanço. Mesmo José Pacheco Pereira, que entrou em cena a fazer a cara do cow-boy que não quer participar na pancadaria geral do saloon, acabou por sucumbir ao ambiente geral e acabou a arriar porrada na vaidade infindável de Manuel Maria Carrilho.
Se as participações de Carrilho, Rangel e, por reacção, de Ricardo Costa não precisaram de um qualquer estímulo adicional, no caso de Pacheco Pereira e de alguns intervenientes da assistência, foi patente a necessidade de ver Fátima Campos Ferreira, revelando-se num insuspeito papel provocador à João Kléber*, a procurar estimular o discurso dos convidados e fazê-los dizer aquilo que eles precisamente queriam evitar dizer.
Foi penoso e cómico ao mesmo tempo. Terminou no mesmo ambiente de farsa em que decorreu, com Fátima Campos Ferreira a justificar, na sua derradeira intervenção, toda aquela peixeirada pelo propósito do esclarecimento dos portugueses. Fez tanto sentido, como se um programa de wrestling da SIC Radical contribuísse para a promoção da prática desportiva em Portugal…
Não havia necessidade, Fátima, não havia necessidade de que a própria moderadora avacalhasse assim tanto o seu próprio programa…
* João Kléber, estrela da TVI de origem brasileira, de um programa chamado Fiel ou Infiel, onde passa o tempo a provocar a indignação dos seus convidados.
São termos próximos, o primeiro refere-se à mudança do teor de uma conversa pela utilização abusiva de palavrões ou grosserias (abardinar a conversa), enquanto o segundo tem uma conotação mais abrangente, de algo que, pelo seu comportamento geral, se torna impróprio. Mas as duas expressões podem ser empregues encadeadas: pode-se avacalhar uma cerimónia, abardinando o discurso, por exemplo.
Se o programa Prós e Contras de ontem na RTP1 teve vários momentos em que a conversa esteve para abardinar, o programa em si, na sua totalidade, foi um grande avacalhanço. Mesmo José Pacheco Pereira, que entrou em cena a fazer a cara do cow-boy que não quer participar na pancadaria geral do saloon, acabou por sucumbir ao ambiente geral e acabou a arriar porrada na vaidade infindável de Manuel Maria Carrilho.
Se as participações de Carrilho, Rangel e, por reacção, de Ricardo Costa não precisaram de um qualquer estímulo adicional, no caso de Pacheco Pereira e de alguns intervenientes da assistência, foi patente a necessidade de ver Fátima Campos Ferreira, revelando-se num insuspeito papel provocador à João Kléber*, a procurar estimular o discurso dos convidados e fazê-los dizer aquilo que eles precisamente queriam evitar dizer.
Foi penoso e cómico ao mesmo tempo. Terminou no mesmo ambiente de farsa em que decorreu, com Fátima Campos Ferreira a justificar, na sua derradeira intervenção, toda aquela peixeirada pelo propósito do esclarecimento dos portugueses. Fez tanto sentido, como se um programa de wrestling da SIC Radical contribuísse para a promoção da prática desportiva em Portugal…
Não havia necessidade, Fátima, não havia necessidade de que a própria moderadora avacalhasse assim tanto o seu próprio programa…
* João Kléber, estrela da TVI de origem brasileira, de um programa chamado Fiel ou Infiel, onde passa o tempo a provocar a indignação dos seus convidados.
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