São raros, mas sempre de saudar, os episódios em que um governo tem de desmanchar uma medida de um seu antecessor, para mais quando, com esse gesto, corre o risco de penalizar e desagradar a algum núcleo propenso a manifestações. Mas não lhe resta outra solução.
Assim, de memória, lembro-me do governo do PSD reintroduzir o pagamento de portagem na CREL, o que suscitou umas mediaticamente interessantes manifestações de umas comissões de utentes que o tempo encarregou de levar para as páginas interiores e depois para o esquecimento. Estamos para ver quando o actual governo do PS terá que arranjar coragem para fazer o mesmo a outras vias rápidas.
O actual ministro da defesa, Luís Amado de nome (e Sandokan de alcunha), tem o privilégio de ter herdado o lugar de Paulo Portas, o que por vezes lhe exige uma habilidade de sapador engenheiro, habilidosas que são as armadilhas que herdou no seu legado.
É salutar ler que o ministério da defesa está a equacionar a hipótese de proceder a uma alteração do regime das pensões aos ex-combatentes do ultramar, uma medida que, pela evidente falta de uma estrutura financeira equilibrada que a suportasse, foi vista sempre como uma habilidade circense para sustentar as promessas eleitorais do antecessor de Luís Amado na pasta da defesa.
Teoricamente, as carreiras políticas podem fazer-se ao serviço do estado, mas não pode ser aceitável pôr o estado ao serviço das carreiras políticas. Parece ser hoje evidente que o tal fundo onde se iriam buscar os fundos para financiar as pensões era uma ideia financeiramente muito pouco... fundamentada.
Assim, de memória, lembro-me do governo do PSD reintroduzir o pagamento de portagem na CREL, o que suscitou umas mediaticamente interessantes manifestações de umas comissões de utentes que o tempo encarregou de levar para as páginas interiores e depois para o esquecimento. Estamos para ver quando o actual governo do PS terá que arranjar coragem para fazer o mesmo a outras vias rápidas.
O actual ministro da defesa, Luís Amado de nome (e Sandokan de alcunha), tem o privilégio de ter herdado o lugar de Paulo Portas, o que por vezes lhe exige uma habilidade de sapador engenheiro, habilidosas que são as armadilhas que herdou no seu legado.
É salutar ler que o ministério da defesa está a equacionar a hipótese de proceder a uma alteração do regime das pensões aos ex-combatentes do ultramar, uma medida que, pela evidente falta de uma estrutura financeira equilibrada que a suportasse, foi vista sempre como uma habilidade circense para sustentar as promessas eleitorais do antecessor de Luís Amado na pasta da defesa.
Teoricamente, as carreiras políticas podem fazer-se ao serviço do estado, mas não pode ser aceitável pôr o estado ao serviço das carreiras políticas. Parece ser hoje evidente que o tal fundo onde se iriam buscar os fundos para financiar as pensões era uma ideia financeiramente muito pouco... fundamentada.
À falta da possibilidade de responsabilizar civilmente Paulo Portas por algumas decisões enquanto ministro torna-se desagradável mas necessário denunciar algumas das suas medidas como demagogia barata e aqui, pelo valor das pensões em causa em comparação com a propaganda preparatória que delas foi feita, trata-se de demagogia literalmente barata.
Creio que Paulo Portas tentou, enquanto ministro, fazer uma política "Louçã", talvez por "contágio" do mano Miguel, e apenas conseguiu provar que "os extremos tocam-se"...
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