Há muito tempo que o verbo nacionalizar, ou um dos seus derivados, não aparecia assim num cabeçalho de jornal. Já ninguém nacionaliza, a nacionalização tinha saído de moda, tudo o que é público destinava-se a vir a ser privatizado, porque os privados, e o Fernando Pinto da TAP, é que sabem como gerir mais eficientemente as empresas.
E o poder, contrariamente ao que se andava a dizer por aí, parecia estar na ponta do cifrão, que a das armas está entupida com todos os cravos que lá puseram. E, importantíssimo, tudo isto se está a passar em sintonia com as grandes correntes internacionais da globalização, a tal a que não nos podemos furtar.
Eis senão quando um senhor de aspecto índio e de nome Evo Morales, presidente da Bolívia (em cima na fotografia à esquerda de Hugo Chavez, presidente da Venezuela) deu em nacionalizar o sector da produção do petróleo e gás natural boliviano, acompanhando o gesto de uma ocupação das instalações por destacamentos das forças armadas bolivianas.
Não existissem arquivos e até pensaríamos estar a assistir a algo de radicalmente novo. Não é. Todos os grandes países produtores da OPEP negociaram no passado com as petrolíferas em posição de força e de coação (a expropriação), de forma a vergá-las negocialmente. O que parece ser precisamente o objectivo anunciado por Morales.
Estes novos eixos que se andam a formar pela América Latina (Cuba, Venezuela, Bolívia), que se reclamam da figura de Simon Bolívar mas onde Che Guevara seria um ícone mais apropriado, têm o cimento frágil da hostilidade comum aos Estados Unidos e ao seu comportamento histórico naquela região mas têm as suas potencialidades de manobras multiplicadas pela riqueza da alta do preço do petróleo de que a Venezuela é um grande produtor.
Só a auto-confiança venezuelana transposta para um apoio incondicional de Chavez a Morales pode explicar a ousadia de um pequeno país como a Bolívia romper um status quo de cerca de 25 anos e regressar, embora circunstancialmente, à trilha das boas e velhas nacionalizações. Sem golden shares ou outras legislações específicas e manhosas.
E o poder, contrariamente ao que se andava a dizer por aí, parecia estar na ponta do cifrão, que a das armas está entupida com todos os cravos que lá puseram. E, importantíssimo, tudo isto se está a passar em sintonia com as grandes correntes internacionais da globalização, a tal a que não nos podemos furtar.
Eis senão quando um senhor de aspecto índio e de nome Evo Morales, presidente da Bolívia (em cima na fotografia à esquerda de Hugo Chavez, presidente da Venezuela) deu em nacionalizar o sector da produção do petróleo e gás natural boliviano, acompanhando o gesto de uma ocupação das instalações por destacamentos das forças armadas bolivianas.
Não existissem arquivos e até pensaríamos estar a assistir a algo de radicalmente novo. Não é. Todos os grandes países produtores da OPEP negociaram no passado com as petrolíferas em posição de força e de coação (a expropriação), de forma a vergá-las negocialmente. O que parece ser precisamente o objectivo anunciado por Morales.
Estes novos eixos que se andam a formar pela América Latina (Cuba, Venezuela, Bolívia), que se reclamam da figura de Simon Bolívar mas onde Che Guevara seria um ícone mais apropriado, têm o cimento frágil da hostilidade comum aos Estados Unidos e ao seu comportamento histórico naquela região mas têm as suas potencialidades de manobras multiplicadas pela riqueza da alta do preço do petróleo de que a Venezuela é um grande produtor.
Só a auto-confiança venezuelana transposta para um apoio incondicional de Chavez a Morales pode explicar a ousadia de um pequeno país como a Bolívia romper um status quo de cerca de 25 anos e regressar, embora circunstancialmente, à trilha das boas e velhas nacionalizações. Sem golden shares ou outras legislações específicas e manhosas.
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