04 maio 2006

MÁRIO LINO

Um dos grandes inconvenientes de Mário Lino, do qual ele não tem culpa nenhuma, é o de não ser nada fotogénico. Então para quem mora no concelho de Oeiras, como eu, esse problema quase atingiu proporções de filme de terror nas derradeiras eleições autárquicas.

Alguém, presumivelmente um seu inimigo pessoal, ficou encarregue de escolher as fotografias para figurarem nos cartazes eleitorais concelhios do PS, onde Mário Lino aparecia, como cabeça de lista à Assembleia Municipal, com uns dentes amarelados e uma expressão de alguém que inspira muito pouca confiança.

Enfim, pode ser marketing e que seja a inclinação do eleitorado do município simpatizar com tal tipo de pessoas… O que pretendo destacar e justificar é esta minha má predisposição para com o ministro das obras públicas, que todas as vicissitudes subsequentes do episódio da Ota e do TGV nada fizeram para melhorar. Quando Mário Lino fala, eu, instintivamente, ponho a mão na carteira.

Há uns poucos de dias, lembro-me de ter lido num Diário de Notícias a notícia de uma intervenção na Galiza em que Mário Lino dava mostras de um iberismo entusiasmado. Curiosamente a notícia não teve grande desenvolvimento, mas também é verdade que rapidamente (em meia dúzia de horas) desapareceu da versão on-line do DN.

Até reaparecer em todo o seu esplendor e muito comentada aqui na blogosfera, a partir de um jornal galego: o Faro de Vigo. Contrariamente a muitos colegas de outros blogues não estou surpreendido nem indignado com a apaixonada profissão de fé de Mário Lino. As opiniões são livres e eu já gastei toda a minha indignação com o descaramento do episódio Pina Moura.

Mas estou curioso. Depois desse exemplo de um seu ilustre antecessor, haverá alguma empresa espanhola que esteja disposta a oferecer a Mário Lino um confortável cargo de direcção, quando ele deixar de ser ministro?

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