07 maio 2006

DAQUI NÃO SAIO, DAQUI NINGUÉM ME TIRA

Os congressos partidários podem decorrer de duas maneiras: ou são uma espécie de wrestling verbal, em que aquilo é tudo a fingir, ou são genuínos, como um verdadeiro combate de boxe verbal, com emoção até ao fim sobre qual o desfecho. Para isso, é preciso que esteja em disputa algo que as partes considerem importantes.

O do CDS/PP, ontem, só animou lá para a noite, quando a direcção vigente ameaçou entalar o grupo parlamentar, pedindo-lhes os lugares de deputados de volta. E foi só perante a pressão concreta e a hipótese de ficarem mal na fotografia, que o trio dos mosqueteiros do D´Artagnan Portas (Pires de Lima, Telmo Correia e Nuno Melo) saiu a terreiro para se defender.

Mais para o fim da noite, acabou por se vir a colar ao visualmente mais bem penteado e intelectualmente menos bem apetrechado dos três mosqueteiros, Nuno Melo (na fotografia), a imagem negativa de que, de São Bento aquela malta não sai, nem à bala. Foi o resultado de uma manobra bem montada pelo grupo de Ribeiro e Castro.
Permitindo-me uma interpretação livre, parece-me que ficou exposto, para quem ainda tivesse dúvidas que aquela rapaziada* se considera pessoalmente grata a Portas, que lhes arranjou os lugares à custa dos seus esforços em campanha e não ao partido onde militam.

Agora, armando uma pergunta arguta daquelas de comentador profissional: no caso de uma ruptura declarada, como se irá sair daqui para o futuro o partido (CDS) sem grupo parlamentar? E, mais arguta ainda, como se comportará aquele grupo parlamentar se ficar sem partido? Os Portas´ boys?

* E raparigada. Não esquecer Teresa Caeiro, na altura da formação do governo de Santana Lopes fatalmente fadada para a secretaria de estado da defesa por ser "filha e neta de militares" (Portas dixit), e a quem saiu a secretaria de artes e espectáculos possivelmente por ser neta de pintora e bisneta de palhaço...

2 comentários:

  1. Que tal indicar-lhes o caminho das portas de saída?
    Portas por portas...

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  2. Os 3 mosqueteiros são apenas os peões de brega do Paulinho. Vão atirando pedras ao líder, mas encolhem-se na hora de dar a cara.
    E atiraram o puto para a frente, o tal Almeidinha que fez um figurão, teve o seu momento de glória passageira, antes de recolher à trincheira.

    Que tal marcarem já novo congresso?
    Mas, desta vez, às Portas fechadas, para nos pouparem a tanta nulidade...

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