
Por arrastamento, sempre considerei como sintoma de aproximação de época do defeso quando os assuntos a tratar na comunicação social, seja qual for a área, começam a sofrer abaixamentos de qualidade inexplicáveis e bruscos. Inexplicável é o tema do programa Prós e Contras de hoje que, depois da Grande Entrevista de outro dia, põe, mais uma vez em grande destaque na RTP aquele-senhor-que-escreveu-um-livro-a-dizer-que-a-culpa-não-foi-dele.
Eu bem sei que me estou a repetir. Quero frisar que a minha opinião crítica sobre os critérios de Judite Sousa se transfere inteirinha para Fátima Campos Ferreira. Também quero mostrar muito pouca tolerância para quem se anda a mostrar mais ingénuo do que aquilo que devia: bastava a José Pacheco Pereira ter recusado o convite que lhe fizeram e já não se sentiria nenhum gladiador.
Mas também quero confessar que eu faço tenção de ver o debate mas, sem quaisquer ilusões, pelas razões mais inconfessavelmente chineleiras possíveis. A mesma disposição que me levava a gostar dos Jogos sem Fronteiras da Eurovisão com os juízes internacionais, Gennaro Olivieri e Guido Pancaldi. Um outro sucesso do defeso!
Mas, não esquecendo o tema original, parece que, com debates deste tipo, esgotado o período dos congressos partidários, estamos chegados a um período de defeso da actividade política. Durante o próximo mês e tal aparentemente o que só vai dar mesmo é Campeonato do Mundo de Futebol.
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