Foi este título tão atractivo que me levou a comprar, certo dia, este livro. Não haja dúvidas que é um excelente título e há até uma história engraçada associada a ele, pois esta é a versão britânica, uma vez que na América o livro foi editado com um título ligeiramente diferente: 1421 – O ano em que a China descobriu a América.
São quase evidentes as ironias, a propósito desse pormenor no título, e referir que para os americanos, pelos vistos, a América é um sinónimo de Mundo, ou então, que a proeza da descoberta da América é, para eles, superior à da descoberta do Mundo…
Mas o que mais desgosta no livro é o seu conteúdo. É possível que aquilo que sabemos sobre os descobrimentos marítimos não esteja completamente correcto. Só que a tese do autor do livro é que tudo o que sabemos sobre descobrimentos marítimos está completamente incorrecto… Fosse onde fosse, os chineses chegaram lá primeiro! À Europa também!
E teses tão arrojadas precisam de uma fundamentação muito mais profunda do que a que Gavin Menzies, o autor, produziu. Ainda me recordo do último argumento por ele usado, antes de abandonar definitivamente a leitura do livro: tinha a ver com navegadores alentejanos (?) do século XV, que bebiam vinho da casta periquita (?) a bordo das suas caravelas…
Mas o meu maior desapontamento foi para com a editora e a livraria (FNAC) que colocaram aquele livro à venda ao público, como se de um livro de história a sério se tratasse. Muitas vezes, para além do conteúdo de qualquer artigo, também o continente é importante para conferir credibilidade àquilo que contém.
Lembrei-me disto, ao descobrir que Judite Sousa pretende convidar Manuel Maria Carrilho, na sequência da publicação de um livro seu, para um programa chamado Grande Entrevista, a passar hoje na RTP1.
È que um programa com um nome desses também precisa de grandes entrevistados. E, se não os houver, é melhor não ter nenhum…
São quase evidentes as ironias, a propósito desse pormenor no título, e referir que para os americanos, pelos vistos, a América é um sinónimo de Mundo, ou então, que a proeza da descoberta da América é, para eles, superior à da descoberta do Mundo…
Mas o que mais desgosta no livro é o seu conteúdo. É possível que aquilo que sabemos sobre os descobrimentos marítimos não esteja completamente correcto. Só que a tese do autor do livro é que tudo o que sabemos sobre descobrimentos marítimos está completamente incorrecto… Fosse onde fosse, os chineses chegaram lá primeiro! À Europa também!
E teses tão arrojadas precisam de uma fundamentação muito mais profunda do que a que Gavin Menzies, o autor, produziu. Ainda me recordo do último argumento por ele usado, antes de abandonar definitivamente a leitura do livro: tinha a ver com navegadores alentejanos (?) do século XV, que bebiam vinho da casta periquita (?) a bordo das suas caravelas…
Mas o meu maior desapontamento foi para com a editora e a livraria (FNAC) que colocaram aquele livro à venda ao público, como se de um livro de história a sério se tratasse. Muitas vezes, para além do conteúdo de qualquer artigo, também o continente é importante para conferir credibilidade àquilo que contém.
Lembrei-me disto, ao descobrir que Judite Sousa pretende convidar Manuel Maria Carrilho, na sequência da publicação de um livro seu, para um programa chamado Grande Entrevista, a passar hoje na RTP1.
È que um programa com um nome desses também precisa de grandes entrevistados. E, se não os houver, é melhor não ter nenhum…
Pelos vistos, toda a gente teve culpa da derrota de Carrilho, menos ele...
ResponderEliminarE há quem tenha a culpa de publicitar e levar a sério as lamúrias que Carrilho escreve sobre o assunto.
ResponderEliminarQual será o patamar mínimo de Judite Sousa nos seus convites para o seu programa de entrevistas?
No professor Alexandrino? "Hirto e firme como um barra de ferro..."
Depois de múltiplos ameaços, agora é que o homem "descarrilhou" de vez!
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