A Mae West (1893-1980), a actriz norte-americana que ficou com o nome guardado para a eternidade nos coletes salva-vidas insufláveis da marinha (desnecessário será dizer porquê…), são atribuídas algumas frases emblemáticas, feitas de construções ambíguas. Algumas tornam-se evidentemente grosseiras*, mas não o pequeno trecho de conversa que pretendo citar:
- Meu Deus, como é bonito esse colar de pérolas que te deram!
- Acredita-me, Deus não teve nada a ver com isso…
West não devia estar a pensar nas fontes da legitimidade do poder, mas tanto a Revolução francesa como a americana, ocorridas sensivelmente um século antes do seu nascimento, haviam erradicado a ideia das suas origens divinas personalizadas no monarca.
Já estamos no século XXI, mas a atitude arrogante demonstrada por alguns dos nossos magistrados portugueses atinge contornos tais, que se torna pertinente perguntar se julgam que a expressão abreviada D.G. (Deo Gratia – pela graça de Deus) faz parte integrante do título das funções que ocupam…
Acreditem-me, Deus não teve nada a ver com isso…
* - Isso que tens aí no bolso das calças é uma pistola, ou estás só contente de me ver?
- Meu Deus, como é bonito esse colar de pérolas que te deram!
- Acredita-me, Deus não teve nada a ver com isso…
West não devia estar a pensar nas fontes da legitimidade do poder, mas tanto a Revolução francesa como a americana, ocorridas sensivelmente um século antes do seu nascimento, haviam erradicado a ideia das suas origens divinas personalizadas no monarca.
Já estamos no século XXI, mas a atitude arrogante demonstrada por alguns dos nossos magistrados portugueses atinge contornos tais, que se torna pertinente perguntar se julgam que a expressão abreviada D.G. (Deo Gratia – pela graça de Deus) faz parte integrante do título das funções que ocupam…
Acreditem-me, Deus não teve nada a ver com isso…
* - Isso que tens aí no bolso das calças é uma pistola, ou estás só contente de me ver?
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