A Administração norte-americana não funciona da mesma maneira que um governo europeu que normalmente toma posse em cerimónia conjunta, sofre poucas remodelações enquanto em exercício, normalmente envolvendo um número reduzido de titulares, e depois abandona funções simultaneamente.
Estando os titulares norte-americanos dependentes do Presidente, que é quem detém formalmente o poder executivo, a saída e entrada dos titulares é tradicionalmente mais fluida, sem a preocupação europeia de concentrar os acontecimentos para reduzir qualquer especulação mediática.
E o enorme campo potencial de recrutamento à disposição de qualquer presidente norte-americano também lhes permite fazerem escolhas e substituições que normalmente não estão ao alcance dos seus homólogos europeus. Por exemplo, o hoje famosíssimo Henry Kissinger não foi uma escolha de primeira hora nem de primeira água de Richard Nixon.
Estando os titulares norte-americanos dependentes do Presidente, que é quem detém formalmente o poder executivo, a saída e entrada dos titulares é tradicionalmente mais fluida, sem a preocupação europeia de concentrar os acontecimentos para reduzir qualquer especulação mediática.
E o enorme campo potencial de recrutamento à disposição de qualquer presidente norte-americano também lhes permite fazerem escolhas e substituições que normalmente não estão ao alcance dos seus homólogos europeus. Por exemplo, o hoje famosíssimo Henry Kissinger não foi uma escolha de primeira hora nem de primeira água de Richard Nixon.
Mas a verdade é que parece estar a assistir-se a um descomunal render da guarda entre os colaboradores da Administração Bush. Em que parece que os que lá estão querem sair, muitos sem explicar, para além das declarações circunstanciais, por que o querem fazer. O último a quem parece que isso parece que irá acontecer é Robert Zoellick, o Subsecretário de Estado da equipa de Condoleezza Rice que, pelos vistos, anda à procura de emprego.
Seria mais uma banalidade, não fosse a curiosidade dele ter tomado posse há pouco mais de um ano, depois de ter liderado com destaque a equipa norte-americana nas negociações da Organização Mundial de Comércio (OMC), e de ser considerado alguém que viria reforçar a abordagem multilateralista no Departamento de Estado, na filosofia de reparação dos estragos depois do episódio das ADM (armas de destruição maciça) do Iraque.
A saída de Zoellick, sozinho, tem pouco significado, é um pouco como a história da andorinha que não faz a primavera. Mas a história das andorinhas é com elas a chegar, não com elas a irem-se embora…
Terá sido por isso que o Alberto Janes escreveu, no "Foi Deus", o verso: "deu o luto às andorinhas"?
ResponderEliminarParece-me que, cada vez mais, num fenómeno global, é a democracia que está de luto... e não me parece que exista qualquer ligação com a "gripe das aves"!