Os programas humorísticos de Jô Soares (na fotografia) caracterizavam-se pela inclusão de alguns sketches fixos. A situação inicial variava, mas a linha ou linhas finais eram sempre as mesmas, apelando à capacidade de reconhecimento do telespectador. Depois de as ver uma meia dúzia de vezes chateava, mas era o seu estilo.
Numa delas, Jô lançava uma pergunta ao seu comparsa de cena, sobre um qualquer assunto político em que era notório o que estava por detrás da versão oficial com que se andava a tentar impingir à opinião pública. Ao fim de 10 segundos a ouvir a resposta oficial, Jô interrompia o interlocutor: “Não precisa explicar, eu só queria… entender!”
É mais ou menos isso o que se passa com o iberismo de Mário Lino que, confessado numa ocasião, foi esclarecido posteriormente (na linha pior a emenda que o soneto…) até que o próprio primeiro-ministro, finalmente, veio fazer uma declaração bem preparada, mas redonda na sua neutralidade, sobre o assunto.
Eu bem sei que a assessoria de Sócrates anda bem intencionada mas creio que nem ela acredita que da declaração resulte algo de mais positivo que a demonstração da sua solidariedade para com um dos seus ministros que se meteu numa (outra) enrascada.
Porque quem tenha a sofisticação para ter prestado atenção e dado o devido valor às declarações iniciais do ministro, também a tem para não se deixar enrolar com a manobra do gabinete de Sócrates. Como diria o Jô: nem precisa explicar… O meu cepticismo, por exemplo, como já o disse noutro poste, manifesta-se na curiosidade por qual será o cargo de Mário Lino seis meses depois de abandonar o ministério…
É que tendo o pelouro das Obras Públicas, Mário Lino parece estar a especializar-se em arranjar ao seu primeiro-ministro uma carga de… trabalhos.
Numa delas, Jô lançava uma pergunta ao seu comparsa de cena, sobre um qualquer assunto político em que era notório o que estava por detrás da versão oficial com que se andava a tentar impingir à opinião pública. Ao fim de 10 segundos a ouvir a resposta oficial, Jô interrompia o interlocutor: “Não precisa explicar, eu só queria… entender!”
É mais ou menos isso o que se passa com o iberismo de Mário Lino que, confessado numa ocasião, foi esclarecido posteriormente (na linha pior a emenda que o soneto…) até que o próprio primeiro-ministro, finalmente, veio fazer uma declaração bem preparada, mas redonda na sua neutralidade, sobre o assunto.
Eu bem sei que a assessoria de Sócrates anda bem intencionada mas creio que nem ela acredita que da declaração resulte algo de mais positivo que a demonstração da sua solidariedade para com um dos seus ministros que se meteu numa (outra) enrascada.
Porque quem tenha a sofisticação para ter prestado atenção e dado o devido valor às declarações iniciais do ministro, também a tem para não se deixar enrolar com a manobra do gabinete de Sócrates. Como diria o Jô: nem precisa explicar… O meu cepticismo, por exemplo, como já o disse noutro poste, manifesta-se na curiosidade por qual será o cargo de Mário Lino seis meses depois de abandonar o ministério…
É que tendo o pelouro das Obras Públicas, Mário Lino parece estar a especializar-se em arranjar ao seu primeiro-ministro uma carga de… trabalhos.
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