Serão muito poucos os que sabem quem é Humpá-pá, o pele vermelha, um herói da banda desenhada que foi também criado pelos mesmos autores (René Goscinny e Albert Uderzo) do muito mais famoso Astérix. A acção das histórias passava-se no Século XVIII, e a maior parte delas tinham lugar na América do Norte quando os franceses ainda ali tinham interesses coloniais.
Um dos pormenores cómicos, por absurdo, da história, eram as causas que levavam os países europeus a entrarem em guerra: dois reis (o de França e o da Prússia) jogavam civilizadamente às cartas num dos seus castelos quando subitamente um deles acusava o outro de batota, este retorquia, o outro ameaçava e acabavam arrastando os respectivos países (e suas possessões) para uma guerra.
Concebida no final dos anos cinquenta, a piada perdeu actualidade e hoje pode ser interpretada por mau gosto, ao vermos a animosidade pessoal que grassa entre alguns dos mais destacados protagonistas mundiais. Ao retirado Schroeder, além de elogiar Putin, pouco faltou para chamar imbecil a Bush. Agora foi Kofi Annan que guardou o seu discurso final como Secretário-Geral da ONU para arriar uma descasca monumental às políticas do mesmo Bush.
Ficamos na expectativa sobre o que nos poderão dizer Blair e Chirac, depois das suas retiradas políticas, previstas para breve. Este Século XXI tem-se revelado uma má época para quem procura analisar a evolução da política internacional partindo do pressuposto que os seus actores se comportam de forma racional. Felizmente, ainda ninguém declarou guerra a ninguém por causa de uma desavença num jogo de cartas ou por causa do mau hálito do interlocutor…
Mas também creio que nunca assistimos a tanta animosidade pessoal reprimida, que é espalhada na praça pública tão logo haja oportunidade!
Um dos pormenores cómicos, por absurdo, da história, eram as causas que levavam os países europeus a entrarem em guerra: dois reis (o de França e o da Prússia) jogavam civilizadamente às cartas num dos seus castelos quando subitamente um deles acusava o outro de batota, este retorquia, o outro ameaçava e acabavam arrastando os respectivos países (e suas possessões) para uma guerra.
Concebida no final dos anos cinquenta, a piada perdeu actualidade e hoje pode ser interpretada por mau gosto, ao vermos a animosidade pessoal que grassa entre alguns dos mais destacados protagonistas mundiais. Ao retirado Schroeder, além de elogiar Putin, pouco faltou para chamar imbecil a Bush. Agora foi Kofi Annan que guardou o seu discurso final como Secretário-Geral da ONU para arriar uma descasca monumental às políticas do mesmo Bush.
Ficamos na expectativa sobre o que nos poderão dizer Blair e Chirac, depois das suas retiradas políticas, previstas para breve. Este Século XXI tem-se revelado uma má época para quem procura analisar a evolução da política internacional partindo do pressuposto que os seus actores se comportam de forma racional. Felizmente, ainda ninguém declarou guerra a ninguém por causa de uma desavença num jogo de cartas ou por causa do mau hálito do interlocutor…
Mas também creio que nunca assistimos a tanta animosidade pessoal reprimida, que é espalhada na praça pública tão logo haja oportunidade!
Sinceramente acho que o melhor é continuar a ler as histórias de Humpá-pá, o Pele Vermelha, e do seu amigo o Escalpe Duplo!
ResponderEliminarSó é de lamentar que estas histórias não tenham tido sucesso!
ResponderEliminarHaveria pano para mangas, como se comprovou, mais tarde, com o Astérix.
A política é, cada vez mais, banda desenhada e são poucas as figuras que merecem destaque pela positiva.
Continuo a preferir os bonecos que não são para levar a sério mas, pelo menos, divertem!
A altura, o tempo, a oportunidade, enfim, aquilo que a nossa gente fina designa por "timing", eis o mistério da decisão corajosa (?) de abrir o livro.
ResponderEliminarFoi o que sucedeu com a nossa intrépida Carolina que só resolveu contar parte do que sabe porque o namoro com o Pintinho acabou.
Enquanto estão no centro do mundo, no coração do poder, na crista da onda, políticos e Carolinas tocam na orquestra.
Só quando a ruptura está iminente ou se consuma é que tocam a solo.
Enfim, mais vale tarde do que nunca...
As guerras contemporâneas são um meio de se fabricarem e venderem armas por um lado, e por outro de dispensarem o excesso de mão-de-obra. O que se produz mundialmente em armamento daria para acabar em 10 vezes a fome e a miséria mundial.
ResponderEliminarMais do uma questão de produção, hoje parece assente que são as deficiências na distribuição que provocam a fome.
ResponderEliminarAs armas, independentemente da sofisticação, sempre existiram desde tempos imemoriais. O problema do armamento pode ser visto da forma que diz e a sua produção pode desaparecer.
Conviria que essas propostas viessem acompanhadas de soluções concretas sobre os que as fabricam fariam em alternativa, para não aumentar o tal excesso de mão-de-obra que refere.
Sobretudo, no que convém reflectir, Ike, é como as armas são apenas os intrumentos da violência dos homens.
E essa não desaparece por desaparecerem as armas: já reparou que não foram precisas armas convencionais para fazer o 11 de Setembro de 2001?