Sinto-me um privilegiado porque este blogue anda a melhorar visivelmente de qualidade, embora a modéstia me leve a reconhecer que isso não acontece por causa da qualidade dos postes do seu autor, mas sim pela monumentalidade de alguns comentários inseridos na respectiva caixa. Os outros comentadores que me desculpem.
Aqui há uma semana foi um comentário de um pedantismo de uma grandiosidade homérica, que já foi devidamente transposto orgulhosamente para o cabeçalho do blogue. Hoje é um outro, de um negacionista do holocausto que nos informa que O "Holocausto" é uma religião, não tem qualquer base racional, documental ou factual. Di-lo Flávio Gonçalves.
Eu bem sei que há graus distintos de negacionismo, desde os mais moderados, merecedores de atenção, que contestam porque consideram um exagero o número de seis milhões de mortos, ou então os que censuram o aproveitamento (vitimização) e empolamento subsequente dos factos, feito pelos dirigentes sionistas para forçar as potências a aceitar a imigração para a Palestina nos anos imediatos ao pós-Guerra. Depois, no outro extremo da razoabilidade, devem estar opiniões como a transcrita acima.
Empregar aquela frase como comentário num poste onde havia inserido duas fotografias com vitimas de campos de concentração é literalmente do mais surrealista que eu posso imaginar, a ponto de evocar o famoso cachimbo de René Magritte e a sua ainda mais famosa legenda Isto não é um cachimbo. Aqui também Flávio Gonçalves perante um documento (duas fotografias da época) diz: Isto não é um documento.
É uma atitude que, lamentavelmente, só pode pôr fim a qualquer eventual conversa. Ao contrário de Magritte, que o fazia nos anos vinte visivelmente numa atitude de desafio artístico, tenho dificuldade em classificar a atitude de Flávio Gonçalves (que não tenho motivos para considerar senão honesta) e não a posso imputar a outra causa que não seja algum distúrbio funcional na forma de perceber a realidade que o cerca.
É isso que me inibe de rebater em substância o comentário que me deixou, e não qualquer falta de democracia de que me acusa: O problema é que é proibido não acreditar... mas você certamente concordará com essa proibição! Engana-se. Mesmo sem as levar a sério, eu (e creio que a maioria das pessoas) defende que as pessoas que sofrem de perturbações do foro psicológico também possam emitir, como todas as outras, as suas opiniões em liberdade.
É uma atitude bem distinta daqueles senhores que fizeram aquilo que Flávio Gonçalves defende que eles não fizeram, que exterminaram todos as que sofriam dessas perturbações!...
Aqui há uma semana foi um comentário de um pedantismo de uma grandiosidade homérica, que já foi devidamente transposto orgulhosamente para o cabeçalho do blogue. Hoje é um outro, de um negacionista do holocausto que nos informa que O "Holocausto" é uma religião, não tem qualquer base racional, documental ou factual. Di-lo Flávio Gonçalves.
Eu bem sei que há graus distintos de negacionismo, desde os mais moderados, merecedores de atenção, que contestam porque consideram um exagero o número de seis milhões de mortos, ou então os que censuram o aproveitamento (vitimização) e empolamento subsequente dos factos, feito pelos dirigentes sionistas para forçar as potências a aceitar a imigração para a Palestina nos anos imediatos ao pós-Guerra. Depois, no outro extremo da razoabilidade, devem estar opiniões como a transcrita acima.
Empregar aquela frase como comentário num poste onde havia inserido duas fotografias com vitimas de campos de concentração é literalmente do mais surrealista que eu posso imaginar, a ponto de evocar o famoso cachimbo de René Magritte e a sua ainda mais famosa legenda Isto não é um cachimbo. Aqui também Flávio Gonçalves perante um documento (duas fotografias da época) diz: Isto não é um documento.
É uma atitude que, lamentavelmente, só pode pôr fim a qualquer eventual conversa. Ao contrário de Magritte, que o fazia nos anos vinte visivelmente numa atitude de desafio artístico, tenho dificuldade em classificar a atitude de Flávio Gonçalves (que não tenho motivos para considerar senão honesta) e não a posso imputar a outra causa que não seja algum distúrbio funcional na forma de perceber a realidade que o cerca.
É isso que me inibe de rebater em substância o comentário que me deixou, e não qualquer falta de democracia de que me acusa: O problema é que é proibido não acreditar... mas você certamente concordará com essa proibição! Engana-se. Mesmo sem as levar a sério, eu (e creio que a maioria das pessoas) defende que as pessoas que sofrem de perturbações do foro psicológico também possam emitir, como todas as outras, as suas opiniões em liberdade.
É uma atitude bem distinta daqueles senhores que fizeram aquilo que Flávio Gonçalves defende que eles não fizeram, que exterminaram todos as que sofriam dessas perturbações!...
A cada um o seu dogma, caro herdeiro.
ResponderEliminarAtendendo ao tremendismo da sua tese atrás expressa que o holocausto não tem qualquer base factual, documental ou racional, lamento dizer-lhe que este é um daqueles raros casos em que não considero aceitável que se invoque, por honestidade intelectual, uma cordial simetria nas opiniões.
ResponderEliminarOutra coisa será a cortesia pessoal, caro Flávio Gonçalves.
O Holocausto não é uma questão de fé. Há mil testemunhos, factos concretos, indesmentíveis.
ResponderEliminarA única objecção possível poderá (eventualmente) centrar-se na sua dimensão.
Negar radicalmente a existência do Holocausto é como afirmar que a Pide é invenção, o Tarrafal uma miragem ou Caxias uma filial do Club Med.
Democracia é isto mesmo, dar espaço de opinião a pessoas como este senhor Flávio...
O nosso Herdeiro, além de poço de saber, é um cavalheiro.
ResponderEliminarDialogar com este fulano sem levantar a voz é um prodígio de tolerância.
Ah, grande Herdeiro!
Ao ver o título, julguei que o Herdeiro me vinha novamente provocar a propósito do mano-a-mano Gabin-Richard no papel de Maigret.
ResponderEliminarAfinal, não.
Lidas as argumentações, resta-me concluir que este senhor Flávio é o que em calão francês (ordinário) se designa por um grande "pipe".
Santa paciência a do Herdeiro...
Meu caro Paciente-dos-múltiplos-pseudónimos:
ResponderEliminarPara além de lhe agradecer as suas amáveis opiniões deixe-me assegurar-lhe que a divergência Richard-Gabin é um caso em que considero existir uma cordial divergência de opiniões. E, para vincar a diferença, deixo para uma outra ocasião o remate provocador que aqui viria a propósito...
Flávio Gonçalves tem toda a razão! Hitler nunca existiu…
ResponderEliminarFoi uma invenção de Goscinny, ilustrada por Uderzo.
Se repararem bem, Astérix também tem bigode!!!
Ora bem, uma questão simples, pode ser averiguada no próprio Google, em tempos existia uma placa em Auschwitz que anunciava em várias línguas terem ali sido assassinados 4 milhões de judeus.
ResponderEliminarGraças à pressão revisionista as autoridades cederam e investigaram, agora a placa estipula que faleceram 1,1 milhão de judeus em Auschwitz.
Ora bem, 6 milhões menos 3,9 milhões... é igual a 6 milhões outra vez?
Acha que não temos razões para duvidar? Acha que dizer que os revisionistas são lunáticos vai fazer com que os números batam certo?
Só enquanto o povo desconhecer os factos...
Continua a ter razão, Flávio Gonçalves!
ResponderEliminarPinochet foi um santo... só fez desaparecer 3000 chilenos!
Peanuts...
Não entendo o que tem Pinochet a ver com isto, o único fascista português que lá estava era o Nuno Rogeiro, não era eu, e ele pensa como vossa excelência no que diz respeito a este tema.
ResponderEliminarVocê é adepto dos nazionistas, presumo?
Já percebi! O problema de Flávio Gonçalves é apenas a discordância sobre números. Afinal o problema da falta de documentos históricos, da falta de provas do Holocausto é apenas uma questão numérica!
ResponderEliminarÉ muito interessante assistir à alteração da argumentação por parte de quem não tem argumentos.
Está bem! Eu explico…
ResponderEliminarPara ter esse problema com os números, deve ser engenheiro!
Holocausto “só vale” se forem quantos milhões?
Só me lembro de percentagens do P.I.B. provocarem tanta confusão numa cabeça... ou os números de adesão às greves, vistos pelos sindicatos e pelos patrões!
Caro Herdeiro,
ResponderEliminarOs nossos jogos florais à volta da parelha dos "Jeans" (não confundir com "jines") Gabin e Richard são apenas isso mesmo, jogos, desgarrada, cantigas de amigos.
Aguardo nova provocação quase com a mesma ansiedade com que o nosso Maigret aguarda a aguardente de pera que a cunhada lhe traz da Alsácia...
Progressivamente, de um tremendismo inicial (não há bases factuais, documentais ou racionais para o Holocausto) as opiniões de Flávio Gonçalves vêm parar a opiniões muito mais moderadas, incidindo agora o debate sobre quantos teriam morrido em Auschwitz, se 4 ou se 1,1 milhões. Incidentalmente, as suas contas estão mal feitas pois 4-1,1 = 2,9 e não 3,9, como menciona, mas isso é acessório, como acessório considero saber o número preciso de pessoas que morreram naquele campo de concentração. 1,1 Milhões de mortos ainda serão uma causa poderosa para fazer daquele sítio um mausoléu de algo terrivelmente mau que a Humanidade não deve esquecer.
ResponderEliminarQuero que me apresentem um documento, UM SÓ documento, com alguma ordem do III Reich para o extermínio que comprove a utilização de câmaras de gás.
ResponderEliminarFacturas dos materiais utilizados, um diagrama das câmaras de gás - ou foram construídas a olho?
Que verdade tem de ser protegida com leis?
Pôr a questão da aceitação da existência do Holocausto em termos da apresentação da documentação da construção civil das câmaras de gás não tem nenhum sentido. Teria o mesmo sentido se só aceitassem como prova do meu almoço de Domingo (almocei em casa) se apresentasse as diversas facturas de supermercado dos ingredientes que nela entraram. Não vale o meu testemunho? Nem o dos outros convivas? E se eu der um arroto malcheiroso? Não pode comprovar que estou de barriga cheia?
ResponderEliminarMas chega de ironia. Tenha paciência, Flávio Gonçalves, pelo que afirma e já que está numa de exigências, parafraseando-o, quero que me apresente um documento, UM SÓ documento, com a assinatura de alguém devidamente credenciado, que comprove que está no seu perfeito juízo.
Caro senhor, se eu o levar a tribunal por me ter violado, eu arranjar 5 ou 6 testemunhas que atestem isso mesmo, você será condenado.
ResponderEliminarQuando exigir provas, eu respondo:
"Não vale o meu testemunho? Nem o das outras testemunhas? E se eu der um arroto malcheiroso? Não pode comprovar que fui violado?"
Ó Herdeiro, não dê mais troco a este indivíduo, não vale a pena.
ResponderEliminarSenhor Flávio, vá pregar para outra paróquia, o seu lugar não é aqui, não chateie.
Fui espreitar o blog deste Flávio e vi que ele foi ao Irão assistir à Conferência dos negacionistas do Holocausto.
ResponderEliminarAfinal, o gajo não é só um pateta. É um pateta perigoso.
Por mais voltas que dêem, os 6 milhões de judeus ( repito, DE JUDEUS) e as câmaras de gás, não existem.
ResponderEliminarBasta que comecem a fazer a vossa própria pesquisa, e vão ver esses mitos a cair.
E eu não nego os crimes dos nazis, apenas o aproveitamento que alguns fizeram deles e as historietas feitas para impressionar.
Temos que ter a maturidade suficiente para distinguir história e factos de propaganda.