A ARMA INDIVIDUAL DE INFANTARIA
Se, num cenário hipotético e um pouco absurdo, o desfecho da Guerra-Fria tivesse dependido exclusivamente do desempenho da arma individual adoptada para os seus exércitos pelos russos e norte-americanos, então seria quase certo que hoje estaríamos a gozar das mais amplas liberdades democráticas, usando aquela expressão inesquecível de Álvaro Cunhal. Mas não nos precipitemos...
A partir da década de 60, identificar a arma individual que o combatente empunhava num dos pontos quentes do globo, definia de qual lado estava na grande disputa que se travava entre Estados Unidos e União Soviética.
Se fosse uma AK-47 ou uma AKM (acima, facilmente reconhecível pelo seu carregador curvo), então estávamos perante um combatente de um exército abastecido por material militar de origem soviética ou chinesa.
Se, fosse uma M16 (imediatamente abaixo e identificável por aquela espécie de pega em cima da arma) então os fornecedores do material de combate do exército desse combatente eram os norte-americanos.
Curiosamente, ainda havia uma espécie de terceira via, representada pelo armamento individual de origem europeia, como a G-3 alemã ou a FN belga (representadas as duas abaixo, nessa ordem e muito semelhantes entre si) e que participaram no conflito nas mãos dos combatentes do exército português, britânico (Malásia) ou australiano (Vietname).
Mas o exército mais exposto e mais experiente do lado ocidental durante a Guerra, era o israelita que, quando precisou de adoptar uma arma individual produzida localmente, que veio a baptizar com o nome de Galil (abaixo), se foi inspirar na configuração da utilizada pelos seus inimigos árabes, a AK russa.
A partir da década de 60, identificar a arma individual que o combatente empunhava num dos pontos quentes do globo, definia de qual lado estava na grande disputa que se travava entre Estados Unidos e União Soviética.
Se fosse uma AK-47 ou uma AKM (acima, facilmente reconhecível pelo seu carregador curvo), então estávamos perante um combatente de um exército abastecido por material militar de origem soviética ou chinesa.
Se, fosse uma M16 (imediatamente abaixo e identificável por aquela espécie de pega em cima da arma) então os fornecedores do material de combate do exército desse combatente eram os norte-americanos.
Curiosamente, ainda havia uma espécie de terceira via, representada pelo armamento individual de origem europeia, como a G-3 alemã ou a FN belga (representadas as duas abaixo, nessa ordem e muito semelhantes entre si) e que participaram no conflito nas mãos dos combatentes do exército português, britânico (Malásia) ou australiano (Vietname).
Mas o exército mais exposto e mais experiente do lado ocidental durante a Guerra, era o israelita que, quando precisou de adoptar uma arma individual produzida localmente, que veio a baptizar com o nome de Galil (abaixo), se foi inspirar na configuração da utilizada pelos seus inimigos árabes, a AK russa.
Foi uma confissão tácita da superioridade russa, pelo menos num aspecto pontual, mas feita por quem já tinha mostrado – e a quem se reconhecia – um excelente critério na selecção do seu material militar. Daí o comentário inicial neste blogue.
Hoje em dia, com a maioria dos exércitos já equipados com uma nova geração de armamento individual, já o comércio de armamento sem ideologias baralhou as antigas regras do jogo: vêm-se unidades de segurança palestinianas armadas de M16 e, inversamente, milícias cristãs libanesas empunhando AK-47…
Como curiosidade suplementar, a AK-47, aquela que tem mais anos de serviço, continua actual... As outras vão passando de moda!!!
ResponderEliminarA durabilidade das AK é lendária e uma boa parte da sua reputação nos exércitos de guerrilha vem do facto de continuar a funcionar sem limpeza e manutenção da arma, coisas que raramente acontecem entre os guerrilheiros.
ResponderEliminar