Por um daqueles segredos que ninguém consegue antever à anteriori mas que só os especialistas conseguem depois explicar à posteriori, no início da década de 70 houve um filme italiano, daqueles típicos do Western Spaghetti cómico, mas de uma comicidade primária e com dois actores italianos anónimos até então, que deu em tornar-se num inesperado sucesso de bilheteira.
Com o título em Portugal de Trinitá, o cow-boy insolente, também eu fui ver – e rir-me imenso – o filme ao defunto cinema Aviz (em frente à estação da Carris do Arco do Cego) que se orgulhava por ter aquele mesmo filme em cartaz há uma enormidade de semanas (era assim que se media o sucesso naquela época – 42ª Semana de Exibição!). Melhor mesmo, só o Tivoli e a Música no Coração da Julie Andrews que lá esteve durante anos…
Como seria de esperar, cavalgando o primeiro sucesso comercial, produziu-se logo um novo filme com os mesmos personagens que, como reza a tradição, era bastante mais fraco do que o original. Sobretudo deram-lhe um dos títulos para sequência que classifico entre os mais imbecis de que me recordo: Continuam a chamar-me Trinitá… Com aquele sucesso, porque razão havia o herói de mudar o nome?
Não sei bem porquê, mas deu-me para associar esta saga dos títulos dos filmes do Trinitá a uma outra saga, mais recente, a de Santana Lopes que, demitido por Jorge Sampaio, mas também varrido por uma valente derrota eleitoral nas urnas (facto que ele tem manifestado dificuldade em percepcionar…), anda a tentar reaparecer agora numa versão mais literária, como que afirmando: Continuo a chamar-me Santana Lopes…
Com o título em Portugal de Trinitá, o cow-boy insolente, também eu fui ver – e rir-me imenso – o filme ao defunto cinema Aviz (em frente à estação da Carris do Arco do Cego) que se orgulhava por ter aquele mesmo filme em cartaz há uma enormidade de semanas (era assim que se media o sucesso naquela época – 42ª Semana de Exibição!). Melhor mesmo, só o Tivoli e a Música no Coração da Julie Andrews que lá esteve durante anos…
Como seria de esperar, cavalgando o primeiro sucesso comercial, produziu-se logo um novo filme com os mesmos personagens que, como reza a tradição, era bastante mais fraco do que o original. Sobretudo deram-lhe um dos títulos para sequência que classifico entre os mais imbecis de que me recordo: Continuam a chamar-me Trinitá… Com aquele sucesso, porque razão havia o herói de mudar o nome?
Não sei bem porquê, mas deu-me para associar esta saga dos títulos dos filmes do Trinitá a uma outra saga, mais recente, a de Santana Lopes que, demitido por Jorge Sampaio, mas também varrido por uma valente derrota eleitoral nas urnas (facto que ele tem manifestado dificuldade em percepcionar…), anda a tentar reaparecer agora numa versão mais literária, como que afirmando: Continuo a chamar-me Santana Lopes…
E nós que não soubéssemos...
Gravura retirada daqui, com os meus agradecimentos.
O gordo dos murros fulminantes (Bud Spencer) talvez fosse americano, não sei.
ResponderEliminarMas o Terence Hill não é outro que Mário Girotti que vi pela primeira vez (anos 50) no filme "Lazzarella", com Domenico Modugno que deve ter composto a bonitinha canção do filme.
Outro pistoleiro "americano" foi Montgomery Wood que, às tantas, resolveu voltar a ser Giuliano Gemma.
O Santana continua a ser Santana e conhecemo-lo de "Gemma"...
Bud Spencer é um napolitano de gema de seu nome Carlo Pedersoli, enquanto Mário Girotti é veneziano (do Norte).
ResponderEliminarMuito grato fico pela informação.
ResponderEliminarJá agora, sempre acrescento que me tinha querido parecer que o Girotti do Mário tinha uma pontinha de acento do Norte.
Pela maneira como ele se orgulhava de ser "beneziáno"...
Desculpe lá paciente, ter sido pormenorizado em excesso quanto à localização de Veneza em Itália. Foi em benefício de leitores menos familiarizados com a geografia italiana...
ResponderEliminarPenitenciar-me-ei se lhe conseguir prestar algumas informações adicionais sobre Girotti?
Que ele é meio-alemão (daí a sua aparência, rara em italianos), língua que fala com fluência e que viveu na Alemanha durante a infância, na 2ª Guerra Mundial?