09 dezembro 2006

AS VANTAGENS DO MATERIALISMO HISTÓRICO NA EXOSFERA


Em aditamento ao poste anterior, Portugal é que, na altura do Verão de 1975, em clima de coexistência pacífica, vivia em pleno o seu PREC, que não estava muito de acordo com aquele espírito mundial. Devido às suas características excepcionais do voo espacial conjunto, os acontecimentos que se desenrolaram do lado soviético (lançamento, imagens em órbita, retorno à Terra e aterragem) puderam gozar dessa vez de uma atenção televisiva verdadeiramente inédita por parte dos média ocidentais, sem que se pusessem os entraves de secretismo que os soviéticos costumavam colocar a essa cobertura.

Lembro-me de assistir pela primeira vez em directo à cobertura da aterragem de uma nave Soyuz no seu retorno à terra, enquanto o locutor/especialista de serviço, novo naquelas andanças mas notoriamente cheio da mais genuína militância, se alongava em considerações sobre as vantagens das várias soluções astronáuticas adoptadas pelos soviéticos sobre as que haviam sido escolhidas pelos norte-americanos. Embora lhe reconhecesse razão nalguns aspectos – os americanos não eram evidentemente os melhores em tudo… – era preciso mesmo ter muita fé militante e pouca objectividade científica para defender assim tão radicalmente o programa espacial de quem acabara por perder a corrida à Lua…

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