(Republicação)
Um dos momentos que mais associo simbolicamente ao ambiente de fim de festa que se vivia no Brasil nos princípios de 1974, naquela fase de transição de poder entre Médici e Geisel e com o fim abrupto dos anos de ouro de um crescimento económico de quase 10% ao ano, foi o incêndio que em no centro de São Paulo destruiu o Edifício Joelma causando 179 mortos e 300 feridos. A revista Manchete da época (acima) trazia uma reportagem com fotografias coloridas que destruía o mito dos generais...
Toda a arrogância expressa pelo Regime Militar durante os anos anteriores (e mais o slogan Ninguém Segura Esse Brasil!...) pareceram ter desaparecido naquela manhã de 1 de Fevereiro de 1974, quando se constataram as insuficiências dos regulamentos de construção dos prédios, as carências de equipamento dos bombeiros ou a falta de coordenação das equipas de salvamento, que se saldaram pela morte de 24% das pessoas que estavam presentes no edifício quando o fogo eclodiu.
Toda a arrogância expressa pelo Regime Militar durante os anos anteriores (e mais o slogan Ninguém Segura Esse Brasil!...) pareceram ter desaparecido naquela manhã de 1 de Fevereiro de 1974, quando se constataram as insuficiências dos regulamentos de construção dos prédios, as carências de equipamento dos bombeiros ou a falta de coordenação das equipas de salvamento, que se saldaram pela morte de 24% das pessoas que estavam presentes no edifício quando o fogo eclodiu.
Dos 179 mortos, houve 40 que morreram ao atirarem-se das varandas para fugir às chamas e ao calor, mas alguns deles fizeram-no paradoxalmente já depois do incêndio se ter extinguido… Um mês depois, a 4 de Março de 1974, Médici inaugurou a ponte Rio-Niterói com 13 km de extensão, uma proeza de engenharia, a segunda ponte mais extensa do Mundo à época. Mas, sobre as capacidades do Brasil, foi a visão do incêndio e dos seus mortos que acabou por marcar a época...
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