...é quando é que essa polémica se "encheu" e, sobretudo, quem é que a terá "enchido" assim tão subitamente*. E fica-me a sensação que a resposta a esta última pergunta é que aqueles que "encheram" a tal polémica são precisamente os mesmos que agora se precipitam a "esvaziá-la": os órgãos de comunicação social. Este é um caso emblemático para compreender como há duas coisas distintas: as campanhas dos partidos, que são feitas pelos políticos, e a cobertura das campanhas dos partidos, que é feita pelos jornalistas.
Para além daquelas duas coisas, há aquilo que verdadeiramente interessa: as eleições, de onde sai a composição da próxima Assembleia da República, que tem regras de formação que, e como estamos numa Democracia, podemos acompanhar directamente, sem jornalistas, consultando os sites oficiais. Mas isso é só a 10 de Março. Até lá, parece estar tudo transformado em entretenimento: para a Euronews, por exemplo, o destaque sobre a campanha eleitoral portuguesa é o episódio da tinta verde despejado estupidamente por cima de Luís Montenegro...
* Aparentemente, houve alguém que se chama Paulo Núncio que disse uma coisa. O nome proscrito da AD não era um qualquer-coisa Câmara Pereira?...
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