13 fevereiro 2024

QUATRO LUAS DE SATURNO

Esta é uma fotografia recolhida em Setembro de 2011 pela sonda Cassini, que permaneceu na órbita de Saturno estudando os seus fascinantes anéis e os seus satélites entre 2004 e 2017. O interesse da fotografia é que a imagem conjuga quatro desses satélites (embora eles sejam muitos: contaram-se até agora 145!) Ao fundo, atrás dos anéis, está o maior dos satélites de Saturno, Titã, uma nebulosa Lua que, abriga uma atmosfera espessa, por debaixo da qual existem lagos de metano líquido que poderão conter bolhas de moléculas orgânicas. Abaixo dele, escondido sob a crosta de Titã, os cientistas supõem que poderá haver um oceano global composto predominantemente por água e amónia. Em frente a Titã vemos flutuar a Lua Dione, em que a sua superfície está marcada por penhascos brilhantes que se supõem ser criados pelas fracturas tectónicas de uma espessa crosta gelada que se pensa ocultar o próprio oceano de água salgada daquela Lua. Os outros dois satélites são muito menores. Na extrema direita da imagem orbita Pandora, logo imediatamente depois do Anel F. Pandora é uma dos dois pequenos satélites pastores que ajudam a moldar o Anel fino e discreto mais externo do extenso Sistema de Anéis do Planeta. E, se olhar mais atentamente para a esquerda, dentro do sistema de Anéis, verá um hiato. Essa é o Hiato de Encke que divide o grande Anel A de Saturno, e é definido/mantido por , o mais interior dos satélites de Saturno, um pequeno pedaço de rocha com 35 x 23 km com um aspecto que faz lembrar um ravioli (Pandora, à direita, e Pã, à esquerda, estão assinalados na réplica abaixo). A fotografia é espectacular.

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