Para perceber a irrelevância do grande debate de ontem, há só que recordar a irrelevância do penúltimo grande debate entre António Costa e Rui Rio, em 13 de Janeiro de 2022. O que é que nos lembramos de tudo aquilo que na altura se escreveu a respeito, nomeadamente a audiência que o espectáculo terá mobilizado? Provavelmente nada, já que nem conseguimos fazer as contas de que o debate de ontem foi visto por menos 0,7 milhões de espectadores do que os «3,3 milhões» de há dois anos. Num requinte de maldade, adicionei uma passagem (do lado direito), em que um dos especialistas praticamente excluía a hipótese de que se viesse a registar uma maioria absoluta parlamentar para o PS, que, azar!, foi precisamente o resultado que se veio a verificar. O jornalismo quer impingir-nos coisas que nos entretenham, enquanto eu me preocupo em saber coisas que considero que valha a pena saber. Eu tenho outros passatempos e aquilo que ontem se passou entre Pedro Nuno Santos e Luís Montenegro não valeu (e não vale!) a pena saber. Não seria nada do que lá se dissesse que decidiria o meu voto. E suspeito que isso é verdade para milhões (mais milhão, menos milhão...) de portugueses.
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