24 fevereiro 2024

A CONTINUADA CAMPANHA DO ALMIRANTE

Normalmente as campanhas fazem-se em terra e costumam ser feitas por generais, não por almirantes. Esta campanha não só é uma excepção a essa regra como, desde a pandemia e das vacinas, regista-se a sua persistência. A notícia acima é de hoje e aparece publicada no jornal Público. Versa as declarações da ministra da Defesa, mas a fotografia que a ilustra é a do almirante-das-vacinas que que também disse qualquer outra coisa sobre o tema. Mas, manda a boa educação que, se a ministra tinha dito, não é preciso realçar as declarações de qualquer dos seus subordinados!... Registe-se que, para além da ministra e do secretário de Estado da Defesa, a orgânica das Forças Armadas portuguesas é encabeçada por nada menos do que quatro chefes de Estado Maior: Forças Armadas, Armada, Exército e Força Aérea. E eu desafio o leitor a nomear os três homólogos de Gouveia e Melo para se aperceber de como é cultivado o vedetismo da pessoa. Estas reflexões mostram os resultados mas também tornam supinamente ridícula a campanha promocional que acompanha aquele que ficou crismado de o-almirante-das-vacinas mesmo se, ou apesar de, agora se apresentar desprovido do camuflado que combinava com as injecções. Uma campanha que, recorde-se, tem apenas três anos. A insistência torna o assunto ridículo, como se percebe pelas paródias que lhe fazem as publicações humorísticas, como será o caso do Inimigo Público e dos navios-patrulha baptizados sucessivamente de «Gouveia e Melo I, II, III, IV, V e VI»... A insistência levanta também a questão de quais serão os interesses que estarão por detrás da promoção que circunda este oficial general em específico, já que não parece ser uma iniciativa corporativa... A maçonaria? A verdade é que se notava a presença dela por detrás da candidatura de Fernando Nobre à presidência em 2011. E a observação levanta a suspeita que o jornal Público parece ser um agente activo dessa promoção de Gouveia e Melo.

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