03 fevereiro 2024

O ARTISTA ANTÓNIO MARINHO E PINTO QUE SE RECANDIDATAVA PARA «PRESTAR CONTAS»

3 de Fevereiro de 2019. A edição do Público dedicava uma notícia e um editorial ao anúncio da recandidatura ao parlamento europeu de António Marinho e Pinto, ele que fora a surpresa das eleições anteriores de 2014, quando alcançara uma inesperada votação de 7% e 234.600 votos com a discreta etiqueta do MPT. Editorial e notícia eram coincidentes na antipatia que a personagem merecia aos dois autores, Manuel Carvalho e Liliana Valente. De 2014 para 2019, Marinho e Pinto arranjara entretanto um partido próprio e dissera muitas coisas, provavelmente demasiadas coisas que teriam tido o condão de irritar uma parte da assistência. Quanta dela (assistência) continuava a simpatizar consigo era coisa que só se descobriria dali por meses. Sabemos hoje o resultado da «prestação de contas» de Marinho e Pinto: uns míseros 15.800 votos, ou seja e apresentado de outro modo, ele perdeu a simpatia de 14 em 15 eleitores que havia cativado nas eleições que haviam decorrido cinco anos antes. Neste caso, o desfecho eleitoral veio demonstrar que a opinião pública e a opinião publicada mostravam-se absolutamente sintonizadas.

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