
A associação acaba por se revelar não tão descabida, porque a estrutura narrativa de qualquer dos dois géneros de filmes é até muito parecida: começa numa meia dúzia de linhas (penosamente representadas) de diálogo preliminar e passa-se rapidamente à acção, que foi para isso que o pessoal pagou o bilhete!
O espectador tipo que aprecia os dois géneros também se assemelha. São precisas toneladas de ingenuidade ou uma precisão e sofisticação de camionista de TIR de longo curso para acreditar que o herói consegue dar aqueles saltos mortais sem precisar de balanço ou que a heroína nasceu mesmo com aquelas mamas todas…
As surpresas daquela série Kung-Fu, passada na Televisão por aquela altura, consistiam na circunstância do herói ser eurasiático, mas preferir viver de acordo com os ensinamentos colhidos numa estadia num mosteiro taoista, ser modesto e uma espécie de anti-herói por causa disso e, sobretudo, porque havia muito pouca porrada…
Entenda-se que muito pouca porrada é um conceito relativo. Não havia episódio em o herói não sovasse devidamente o mau, naquele seu estilo exótico de dar sovas, mas não sem antes o mau ter passado os primeiros dois terços do episódio a encher-lhe a paciência. É o que se chama arriar-lhes, mas com moralidade…
Esses dois terços seriam assim a modos que os preliminares...
ResponderEliminarApesar de David Carradine estar associado regularmente a papéis de eurasiático, é de ascendência 100% caucasiana.
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