Nos anos seguintes ao término da 2ª Guerra Mundial, em 2 de Setembro de 1945, foram sendo descobertos nas Filipinas, nas ilhas do Pacífico, na China, por todos os locais onde existiram unidades japonesas, grupos ou casos individuais de elementos do exército japonês que, não sabendo ou recusando-se a acreditar na rendição do Japão, viviam uma vida clandestina de resistência aos norte-americanos.
As descobertas de mais um desses casos, que se arrastaram por mais de 30 anos depois do fim da guerra (vejam-se nesta lista), com grau crescente de publicidade, gerava nas opiniões públicas um misto de sentimentos, que se situava entre o respeito pela fidelidade à palavra dada e a comiseração pela dedicação de tais atitudes extremas a causas que já haviam há muito desaparecido.
Para além de ter sido concebido originalmente como um ideal, o comunismo também foi, no período que vai de 1945 a 1990, uma espécie de instrumento que permitiu agregar simpatias para que os seus simpatizantes por todo o mundo funcionassem a essa escala como elementos apoiantes de uma das superpotências – a URSS - na sua disputa pela supremacia mundial designada por guerra-fria.
A documentação que se encontra disponível em Moscovo mostra-nos agora que, na esmagadora maioria das vezes e apesar de toda a retórica que o pretenda disfarçar, os interesses russos sempre assumiram a primazia sobre todos os restantes interesses nacionais; com a excepção do caso chinês, mas essa terminou com um gigantesco choque de interesses estratégicos, camuflado de divergências ideológicas.
A guerra-fria terminou há 15 anos e com a derrota dos comunistas. Contudo é em ocasiões como estas, quando se evocam efemérides como as do 11 de Setembro, que se nota como os mais militantes ficaram condicionados, tal qual velhos soldados imperiais que nunca se podem render, em continuar a luta contra o inimigo de sempre – os Estados Unidos – mas quando já desapareceu a razão e a causa a favor da qual se pretendem continuar a bater.
Só que, se no caso dos japoneses, as condições por que passaram, aliadas à ignorância do que se passava no mundo exterior ainda pode gerar em nós os sentimentos de respeito e comiseração acima mencionadas, no caso dos comunistas esse respeito desaparece porque a disponibilidade de informação de hoje é total. Afinal, até os soldados japoneses escondidos, quando informados e mesmo incrédulos, acabaram por se render.
As descobertas de mais um desses casos, que se arrastaram por mais de 30 anos depois do fim da guerra (vejam-se nesta lista), com grau crescente de publicidade, gerava nas opiniões públicas um misto de sentimentos, que se situava entre o respeito pela fidelidade à palavra dada e a comiseração pela dedicação de tais atitudes extremas a causas que já haviam há muito desaparecido.
Para além de ter sido concebido originalmente como um ideal, o comunismo também foi, no período que vai de 1945 a 1990, uma espécie de instrumento que permitiu agregar simpatias para que os seus simpatizantes por todo o mundo funcionassem a essa escala como elementos apoiantes de uma das superpotências – a URSS - na sua disputa pela supremacia mundial designada por guerra-fria.
A documentação que se encontra disponível em Moscovo mostra-nos agora que, na esmagadora maioria das vezes e apesar de toda a retórica que o pretenda disfarçar, os interesses russos sempre assumiram a primazia sobre todos os restantes interesses nacionais; com a excepção do caso chinês, mas essa terminou com um gigantesco choque de interesses estratégicos, camuflado de divergências ideológicas.
A guerra-fria terminou há 15 anos e com a derrota dos comunistas. Contudo é em ocasiões como estas, quando se evocam efemérides como as do 11 de Setembro, que se nota como os mais militantes ficaram condicionados, tal qual velhos soldados imperiais que nunca se podem render, em continuar a luta contra o inimigo de sempre – os Estados Unidos – mas quando já desapareceu a razão e a causa a favor da qual se pretendem continuar a bater.
Só que, se no caso dos japoneses, as condições por que passaram, aliadas à ignorância do que se passava no mundo exterior ainda pode gerar em nós os sentimentos de respeito e comiseração acima mencionadas, no caso dos comunistas esse respeito desaparece porque a disponibilidade de informação de hoje é total. Afinal, até os soldados japoneses escondidos, quando informados e mesmo incrédulos, acabaram por se render.
Para os comunistas impenitentes, para além do respeito natural da nossa boa educação, só resta dedicar-lhes a nossa comiseração…
Que tal um anúncio, à escala mundial:
ResponderEliminar"A URSS acabou; a China mudou; Cuba também... e o comunismo não se sente nada bem!".
O anúncio já foi feito.
ResponderEliminarA "velha guarda" tem os aparelhos de audição da casa SONOTONEVSKI desligados por falta de peças de substituição...
OS mais novos estarão talvez a denunciar as conspirações urdidas pelo capitalismo mundial em prol dos explorados e oprimidos de todo o mundo. Claro que há países onde não há explorados e oprimidos: Cuba é um desses casos raros...
Um aparte: eu adoro aquele verbo urdir quase tanto quanto os comunistas. Pelos vistos as conspirações urdem-se e, quando os comunistas as encontram, já estão urdidas para eles as denunciarem
A juventude poderia dizer "bazai" se conhecesse a segunda pessoa do plural.
ResponderEliminarMas só diz "bazem" e "bora bazar".
Só os comunistas não se resolvem a bazar daquele labirinto onde andam às voltas, uns levados por outros, alguns por sincera e cega convicção.
E uns tantos por profissão sem fé mas com aconchego garantido.
Aliás, no título "Ensaio sobre a Cegueira" está lá tudo, a verdade sobre a atitude dos comunistas (cegueira) e Saio. Mas pouco...