Seria preferível que a recente conferência de imprensa dada por três encapuçados em nome da ETA tivesse sido realizada por alguém que, para além do gosto pelas actividades teatrais e por se mascarar, não representasse de forma alguma o modo de pensar da organização pela qual se queriam fazer representar.
Porque as afirmações contidas na referida conferência com proclamações de lutas de armas na mão até à independência de um estado basco socialista são, depois de tudo o que já aconteceu, demasiado extremadas e graves para que não possam suscitar pressões da opinião pública para que o aparelho do estado possa desencadear algumas acções que abanem violentamente a auto confiança demonstrada pela referida conferência de imprensa.
Imaginando, por momentos, que nesta longa disputa que se trava no país basco se estava perante um conflito tradicional em período de armistício, a proclamação ora feita – uma vitória total das próprias teses – nas circunstâncias em que foi feita, era um convite a que o inimigo reatasse imediatamente as hostilidades e com o fito de apenas aceitar a rendição incondicional.
Pode parecer ténue, mas há uma diferença substantiva entre nacionalistas que recorrem ao terrorismo e radicais que apenas o usam como forma de tornar mais conhecidos os seus pontos de vista. Aparentemente confusa, na hora da chamada à mesa das negociações, é que se acaba por se fazer a distinção entre uns e outros. Depois de descartar a hipótese de negociar com o governo central espanhol do PP, a ETA já não tem condições politícas de manter a respeitabilidade, fazendo o mesmo com o do PSOE.
E com as organizações acima mencionadas em segundo lugar (como o eram as BR italianas, o RAF alemão ou as FP-25 portuguesas) não há nada para negociar e quando o estado se sente assim desinibido de exercer todo o seu poder porque conta com a benevolência da opinião pública os resultados costumam ser muito desagradáveis para esses radicais revolucionários… como desconfio que estes etarras (se o forem) grandiloquentes não tardarão a perceber…
Porque as afirmações contidas na referida conferência com proclamações de lutas de armas na mão até à independência de um estado basco socialista são, depois de tudo o que já aconteceu, demasiado extremadas e graves para que não possam suscitar pressões da opinião pública para que o aparelho do estado possa desencadear algumas acções que abanem violentamente a auto confiança demonstrada pela referida conferência de imprensa.
Imaginando, por momentos, que nesta longa disputa que se trava no país basco se estava perante um conflito tradicional em período de armistício, a proclamação ora feita – uma vitória total das próprias teses – nas circunstâncias em que foi feita, era um convite a que o inimigo reatasse imediatamente as hostilidades e com o fito de apenas aceitar a rendição incondicional.
Pode parecer ténue, mas há uma diferença substantiva entre nacionalistas que recorrem ao terrorismo e radicais que apenas o usam como forma de tornar mais conhecidos os seus pontos de vista. Aparentemente confusa, na hora da chamada à mesa das negociações, é que se acaba por se fazer a distinção entre uns e outros. Depois de descartar a hipótese de negociar com o governo central espanhol do PP, a ETA já não tem condições politícas de manter a respeitabilidade, fazendo o mesmo com o do PSOE.
E com as organizações acima mencionadas em segundo lugar (como o eram as BR italianas, o RAF alemão ou as FP-25 portuguesas) não há nada para negociar e quando o estado se sente assim desinibido de exercer todo o seu poder porque conta com a benevolência da opinião pública os resultados costumam ser muito desagradáveis para esses radicais revolucionários… como desconfio que estes etarras (se o forem) grandiloquentes não tardarão a perceber…
Aproveitar-se-ia também o episódio, houvesse racionalidade na sua argumentação, para reflexão daqueles que defendem que as negociações são sempre possíveis e podem dar sempre resultados, mesmo com organizações geneticamente terroristas, mesmo com a Al-Qaeda...
Com coisas d'ETAs não vão longe...
ResponderEliminarParece-me que ETA já deu o que tinha a dar ou, porque há muito dinheiro em jogo e este está melhor cotado que os ideais, os empresários vão continuar a desembolsar para alguém viver à grande...