Este é um daqueles postes cuja primeira parte poderá evocar algumas recordações mais sentimentais naqueles que foram alunos do Colégio Militar que o venham a ler. Para todos os outros, fiquem a saber que os chás-dançantes eram festas de convívio organizadas ao sábado à tarde no Colégio Militar.
Aproximava-se vertiginosamente mais um sábado e o 425, irritado com a ausência de quaisquer inscrições para o chá dançante nos papéis afixados há uma semana atrás no geral da companhia, aproveita a formatura do almoço para desancar no pessoal:
- Eh pá! No sábado há chá (dançante)! E se calhar a segunda (companhia) não vai ao chá…
É uma frase que, tal qual a recordo, perde muito por não ser ouvida em vez de lida porque, pronunciada pelo 425, soava tal qual um verso de um poema em mandarim, com uma entoação distinta para todos aqueles sons em ah (pá-sábado-há-chá-calhar-vai), dando ao conjunto uma harmonia muito oriental…
Mas não foi por causa da sonoridade da frase que aqui a evoquei mas sim por causa da sua lógica. Ou antes da sua falta de lógica. Se ninguém se tinha inscrito e por isso ninguém da segunda companhia manifestava intenções de ir ao chá dançante porque raio é que ele ameaçava com a proibição de que alguém fosse? Assim escutado parece absurdo!
É o mesmo ambiente que rodeia as tentativas para conseguir compreender a lógica por detrás das declarações do ministro da saúde Correia de Campos quando ele ameaça fazer regredir algumas unidades hospitalares do estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE) para o Sector Público Administrativo (SPA).
Falta perceber (entre outras coisas) porque é que não se sancionam as administrações das EPEs hospitalares cujos resultados o ministério não considera satisfatórios com o afastamento e como é que a sanção do reingresso dessas unidades no SPA parece ser a melhor resposta do ministério à incapacidade das administrações anteriores. Assim escutado parece absurdo!
Muito mais tarde vim a perceber as razões do 425 para aquele discurso melodioso mas canhestro. Vinha fazer aquele discurso para picar o pessoal que só se inscrevia à última da hora e que se podia estar a esquecer! O discurso não era, talvez, o mais eficaz, mas o 425 tinha na altura 16 ou 17 anos e estava-se cagando para essas subtilezas.
O ministro Correia de Campos tem bastantes mais anos e, apesar de poder ser canhestro nas coisas que diz e como as diz, não pode ter aquela abordagem mais escatológica para as subtilezas e por isso tem uma porradaria de assessores para o aconselhar… Convém que, quando queira sancionar publicamente alguma administração de um qualquer hospital, não fiquem as populações por ele servidos ou aqueles que lá trabalham com uma indefinível sensação de serem culpados mas não sabem bem de quê…
Aproximava-se vertiginosamente mais um sábado e o 425, irritado com a ausência de quaisquer inscrições para o chá dançante nos papéis afixados há uma semana atrás no geral da companhia, aproveita a formatura do almoço para desancar no pessoal:
- Eh pá! No sábado há chá (dançante)! E se calhar a segunda (companhia) não vai ao chá…
É uma frase que, tal qual a recordo, perde muito por não ser ouvida em vez de lida porque, pronunciada pelo 425, soava tal qual um verso de um poema em mandarim, com uma entoação distinta para todos aqueles sons em ah (pá-sábado-há-chá-calhar-vai), dando ao conjunto uma harmonia muito oriental…
Mas não foi por causa da sonoridade da frase que aqui a evoquei mas sim por causa da sua lógica. Ou antes da sua falta de lógica. Se ninguém se tinha inscrito e por isso ninguém da segunda companhia manifestava intenções de ir ao chá dançante porque raio é que ele ameaçava com a proibição de que alguém fosse? Assim escutado parece absurdo!
É o mesmo ambiente que rodeia as tentativas para conseguir compreender a lógica por detrás das declarações do ministro da saúde Correia de Campos quando ele ameaça fazer regredir algumas unidades hospitalares do estatuto de Entidade Pública Empresarial (EPE) para o Sector Público Administrativo (SPA).
Falta perceber (entre outras coisas) porque é que não se sancionam as administrações das EPEs hospitalares cujos resultados o ministério não considera satisfatórios com o afastamento e como é que a sanção do reingresso dessas unidades no SPA parece ser a melhor resposta do ministério à incapacidade das administrações anteriores. Assim escutado parece absurdo!
Muito mais tarde vim a perceber as razões do 425 para aquele discurso melodioso mas canhestro. Vinha fazer aquele discurso para picar o pessoal que só se inscrevia à última da hora e que se podia estar a esquecer! O discurso não era, talvez, o mais eficaz, mas o 425 tinha na altura 16 ou 17 anos e estava-se cagando para essas subtilezas.
O ministro Correia de Campos tem bastantes mais anos e, apesar de poder ser canhestro nas coisas que diz e como as diz, não pode ter aquela abordagem mais escatológica para as subtilezas e por isso tem uma porradaria de assessores para o aconselhar… Convém que, quando queira sancionar publicamente alguma administração de um qualquer hospital, não fiquem as populações por ele servidos ou aqueles que lá trabalham com uma indefinível sensação de serem culpados mas não sabem bem de quê…
Zacatraz :-)
ResponderEliminarTraz!... Traz!...
ResponderEliminarObrigado, Rantas e... Parabéns!
Bom Blogue, Excelente Blogue o vosso Revisão da Matéria!
Allez, allez, à votre santé...