28 agosto 2006

AS INFORMAÇÕES QUE A SININHO ME DEU

Mesmo sendo um leigo não iniciado no universo encerrado dos jornalistas, já me apercebi que lá dentro existe uma fracção que nutre muito pouca simpatia para com António Costa, o ministro da Administração Interna. E suspeito que exista uma outra fracção junto da qual ele estará muito bem cotado e disposta a sair em sua defesa - mesmo por razões profissionais.

O resultado pode ser percebido no Público de hoje, dia 28 de Agosto, como muito bem alerta num post (3 – notinhas – 3) João Villalobos no blogue Corta-Fitas. A primeira notinha destina-se à coluna das citações do referido jornal que aproveita as citações de 3 – bloggers – 3 e usando mesmo 3 – citações – 3 de um desses bloggers (Paulo Gorjão).

A terceira notinha de Villalobos é para comentar negativamente uma carta ao director, enviada por Duarte Moral que a assina enquanto assessor de António Costa. Entre os epítetos mencionados por Villalobos da referida carta contam-se os de “maoísta arrependido”, “mestre da desfaçatezarrogante e intelectualmente desonesto.

Começando pela carta e por constatar o óbvio, os ânimos estão mesmo ao rubro quando o assessor descompõe o director da forma que o faz. Mas, para além dos insultos, a carta contem um veemente desmentido e uma história antiga, envolvendo Costa e José Manuel Fernandes que, sendo verdadeira, sustenta completamente a acusação de desonestidade intelectual que é feita a Fernandes.

Nem de propósito, quase logo de seguida aparece-nos a coluna de citações do jornal que aproveitando a enorme riqueza temática da blogosfera aproveita logo para inserir três de um só post do Bloguítica de Paulo Gorjão onde, a propósito de uma cunha que Manuel Monteiro pediu num Ministério para desbloquear uma manifestação, Gorjão acaba zurzindo… no gabinete do ministro e pedindo até a sua demissão. Alguém adivinha o nome desse ministro?...

Este parece-me a descrição de um verdadeiro cenário de guerra aberta entre o director do jornal e o ministro da Administração Interna e, ao contrário da João Villalobos, não me choca que neste clima se deitem fora certas cortesias hipócritas que, de completamente desapropriadas, apenas retiram a credibilidade a quem as profere.

Será um exagero de simplificação supor que existirão épocas em que se considera que certos ministros estarão in e outros estarão out? Já foi a época de Freitas do Amaral estar out e depois da sua saída, a julgar pelo que se podia ler em certos locais e hoje se lê, a atribulada política externa portuguesa passou a uma beatitude de jardim de mosteiro em fim de tarde…

Terá essa espécie de sorteio agora calhado a António Costa e, por causa de ele estar bem equipado para a disputa no mundo do jornalismo, a disputa possa passar a ser mais cerrada e a ter mais visibilidade, do que o foi com Freitas? E antes que alguém se lembre de ironizar com a agora popular frase de Cintra Torres, esclareço que as informações de que disponho chegaram-me pela sininho do Peter Pan

O que não me chegou a ser dito foram os critérios que presidem à escolha dos ministros para essa função. Fragilidade política e demonstração de incompetência não deverão ser, senão, como ontem ainda ontem realcei, nem se perceberia o que ainda lá está a fazer aquela senhora ministra que tutela os serviços que ainda estão a reflectir se afinal autorizam ou não a investigação sobre o túmulo de D. Afonso Henriques…

1 comentário:

  1. Em equipa que perde não se mexe, senão ainda é pior!
    Com esta máxima fazia um sucesso como treinador mas os Corpos Directivos não entendem assim, sejam eles vocacionados para o Desporto ou para a Política.
    Que interesse têm as funções ministeriais quando o grave problema do momento está centrado no triângulo Belenenses-Gil Vicente-Leixões?
    A "Liga" é que aperta com a gente!

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