Não posso assegurar qual terá sido dos grandes generais franceses da fase final da 1ª Guerra Mundial (1917-18), a dúvida fica-me entre Philippe Pétain ou Ferdinand Foch (acima), que escreveu depreciativamente sobre as grandiosas proclamações dos chefes antes das batalhas, anunciando a decisão que os seus exércitos se batessem até ao fim, ao último homem.
As razões eram, em primeiro lugar, porque as batalhas estão normalmente decididas muito antes da morte do último homem, e depois porque, como que adicionando ainda o ridículo ao peso da derrota, os exércitos raramente se dispõem a morrer até ao último soldado conforme as ordens, o que humilharia ainda mais, se possível, o chefe derrotado.
Este último aspecto, bastante ridículo, associei-o à profusão de vezes com que tenho ultimamente visto que se preconiza a humildade a outros, mesmo imediatamente depois de quem assim recomenda ter dado tremendas lições de falta dela. Hoje calhou a vez a José Manuel Fernandes num seu editorial intitulado Tristeza Imensa (aqui sintetizado, nomeadamente a parte da acusação de falta de humildade).
Para quem tem reagido da maneira que tem reagido às acusações consecutivas, oriundas aliás de quadrantes variados, de uma atitude de parcialidade excessiva pela causa israelita nos seus comentários ao conflito no Líbano, José Manuel Fernandes não parece habilitado a preconizar humildade a ninguém. Nem é pelo facto de ter mantido as suas simpatias (o que é natural que aconteça), mas sim pela forma sobranceira como tem reagido às acusações que lhe são dirigidas.
As razões eram, em primeiro lugar, porque as batalhas estão normalmente decididas muito antes da morte do último homem, e depois porque, como que adicionando ainda o ridículo ao peso da derrota, os exércitos raramente se dispõem a morrer até ao último soldado conforme as ordens, o que humilharia ainda mais, se possível, o chefe derrotado.
Este último aspecto, bastante ridículo, associei-o à profusão de vezes com que tenho ultimamente visto que se preconiza a humildade a outros, mesmo imediatamente depois de quem assim recomenda ter dado tremendas lições de falta dela. Hoje calhou a vez a José Manuel Fernandes num seu editorial intitulado Tristeza Imensa (aqui sintetizado, nomeadamente a parte da acusação de falta de humildade).
Para quem tem reagido da maneira que tem reagido às acusações consecutivas, oriundas aliás de quadrantes variados, de uma atitude de parcialidade excessiva pela causa israelita nos seus comentários ao conflito no Líbano, José Manuel Fernandes não parece habilitado a preconizar humildade a ninguém. Nem é pelo facto de ter mantido as suas simpatias (o que é natural que aconteça), mas sim pela forma sobranceira como tem reagido às acusações que lhe são dirigidas.
O que não invalida que concorde com a substância do editorial de José Manuel Fernandes. Vale a pena deixar aqui expressa a minha opinião que António Costa prometeu muito mais do que aquilo que podia dar. E fê-lo de uma maneira exuberante demais para tentar depois corrigir-se de uma forma discreta. Passe a ironia, foi ele que cortou a lenha com que agora se está a queimar.
Aliás, se o jornalismo, conjuntamente com a política, parece um terreno fértil para egos inchados, parece que essa mesma fauna aparece também a pulular por aqui, pela blogosfera. Onde também abundam as recomendações de humildade aos outros, ao bom estilo coerente do de José Manuel Fernandes. Como as batalhas até ao último homem, a humildade parece algo que se proclama e se recomenda, mas que não se chega a praticar.
Aliás, se o jornalismo, conjuntamente com a política, parece um terreno fértil para egos inchados, parece que essa mesma fauna aparece também a pulular por aqui, pela blogosfera. Onde também abundam as recomendações de humildade aos outros, ao bom estilo coerente do de José Manuel Fernandes. Como as batalhas até ao último homem, a humildade parece algo que se proclama e se recomenda, mas que não se chega a praticar.
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