12 agosto 2006

OS SOPRANOS

Poderá ser cultural, mas parece existir geneticamente entre nós – e possivelmente entre outros povos latinos – a parcialidade de, em qualquer disputa entre polícias e ladrões, se torcer instintivamente pelos segundos.

Será por isso, que não será de estranhar quando se encontra o mesmo fenómeno protagonizado por uma autoridade judicial, como se notícia aqui neste poste, quando carteiristas são devolvidos à liberdade com o previsível resultado da jornada.

Melhor do que isso e menos tradicional, como se pode ler neste poste, é descobrir um sindicato de médicos, invocando uma argumentação completamente estapafúrdia para que se impeça a identificação dos seus associados que se encontram numa situação flagrante de violação da lei.

Tradicionalmente, sindicatos nas zonas cinzentas da lei e com ligações escusas ao crime organizado eram um fenómeno americano. É refrescante ver uma atitude que, apesar de invocar altos valores, faz lembrar essas mesmas práticas num sindicato (FNAM) tradicionalmente afecto ao PCP

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