Embora recentemente o de origem polaca se tenha tornado muito famoso, o canalizador é conhecido por ter uma técnica, muito antiga, designada por a técnica do canalizador. Consiste em, mal se põe a trabalhar em sua casa, e logo a seguir às primeiras desaparafusadela, vira-se para si e pergunta-lhe com um ar sério: quem é que o senhor cá chamou da última vez para arranjar isto?
Bem pode murmurar qualquer coisa, justificar-se que já não se lembra, que não pode fugir à sentença, fatal: É que ele não percebia nada do que estava a fazer… Olhe lá para este lindo trabalho… E lá olhamos, contristados, com um olhar misto de resignação pelo disparate e de fingida compreensão, como se soubéssemos qual ele era.
Tornou-se entretanto chique que os ministros das finanças dos países da União Europeia que andam a rebentar os défices orçamentais acima dos 3% do PEC façam uma rábula parecida com essa quando tomam posse do cargo: o antecessor deixou aquilo num péssimo estado, agora com ele é que a coisa vai ao lugar.
Nós já tivemos direito a 2-espectáculos-2 desse tipo, primeiro com Barroso e depois com Sócrates, este último já com a participação especial de 1-governador-1 do Banco de Portugal. Mas não estamos sozinhos. Agora é a vez a Romano Prodi em Itália, que, recém-chegado ao governo, em vez do défice de 3,8% teórico já fala em 4,1% acautelando o valor de 4,6%. Nada nos pode consolar mais do que sabermos que não somos os únicos a ter as coisas por consertar cá em casa...
Pois ... continuamos sempre a nivelar por baixo.....
ResponderEliminarPois, temos de nos nivelar por aqueles povos com quem compartilhamos as nossas origens culturais...
ResponderEliminarÉ inconsequente, para além de ridículo, ir-se buscar modelos de referência ao outro extremo da Europa.
Além dos altos índices de leitura da Finlândia, também há que falar dos altos índices de suicídio da Finlândia...
Ña origem, o propósito não era esse, mas lido o meu comentário não há dúvida, pode ser essa a conclusão!
ResponderEliminarA ideia, claro está, é outra.