15 junho 2006

OS FANTASMAS DA CORTINA

From Stettin in the Baltic to Trieste in the Adriatic, an iron curtain has descended across the Continent.
Assim começava o discurso original de Churchill, proferido nos Estados Unidos em Março de 1946. Uma tradução do primeiro parágrafo completo desse discurso será:

De Stettin, no Báltico, até Trieste, no Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Atrás dessa linha estão todas as capitais dos antigos Estados da Europa Central e Oriental. Varsóvia, Berlim, Praga, Viena, Budapeste, Belgrado, Bucareste e Sofia; todas essas cidades famosas e as populações em torno delas estão no que devo designar por esfera soviética, e todas estão sujeitas, de uma forma ou outra, não somente à influência soviética mas também ao forte, e em certos casos crescente, controle de Moscovo.
Sessenta anos depois, em vésperas de mais uma Cimeira Europeia o jornal Financial Times antecipa, no título de um artigo seu: Divisão entre Leste Oeste pronta a irromper na Cimeira Europeia.
E especifica depois, no corpo do artigo: os países do antigo bloco soviético estão a ficar gradualmente mais frustrados com os obstáculos postos no seu caminho em direcção aos principais projectos europeus como sejam os do euro, o espaço Schengen de livre circulação e a liberdade de direito ao trabalho em todos os países membros.

O nome de baptismo é de Churchill, a autoria da dita sempre foi atribuída a Estaline, mas hoje em dia, quem é que continua a manter a cortina de pé?

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