Há coisa de uma quinzena de anos, começou a ganhar notoriedade radiofónica e também televisiva, um especialista em assuntos internacionais, especializado no Médio Oriente chamado José Goulão.
As suas apreciações sobre as notícias oriundas daquela região, que eram então, e ainda são hoje, muito frequentes, davam-lhe oportunidade de mostrar alguém que estava muito documentado e muito bem informado, sobretudo nos aspectos do conflito entre israelitas e palestinianos.
Ou talvez devesse ter apresentado os contendores pela ordem inversa – palestinianos e israelitas – porque com a sucessão das intervenções de José Goulão começou-se a perceber que havia um favoritismo óbvio de José Goulão por uma das partes intervenientes.
É notório que o auditório que costuma seguir estes assuntos de política internacional não costuma manifestar, nem aprecia, parcialidades idênticas à daqueles benfiquistas que seguem e aplaudem as intervenções de Fernando Seara às Segundas-Feiras no programa de futebol O Dia Seguinte da SIC Notícias.
E a expressão desse distanciamento tomou a forma de piadas, uma das quais era acerca dos mandamentos associados a qualquer intervenção de José Goulão comentando um qualquer acontecimento que tivesse ocorrido no Médio Oriente:
As suas apreciações sobre as notícias oriundas daquela região, que eram então, e ainda são hoje, muito frequentes, davam-lhe oportunidade de mostrar alguém que estava muito documentado e muito bem informado, sobretudo nos aspectos do conflito entre israelitas e palestinianos.
Ou talvez devesse ter apresentado os contendores pela ordem inversa – palestinianos e israelitas – porque com a sucessão das intervenções de José Goulão começou-se a perceber que havia um favoritismo óbvio de José Goulão por uma das partes intervenientes.
É notório que o auditório que costuma seguir estes assuntos de política internacional não costuma manifestar, nem aprecia, parcialidades idênticas à daqueles benfiquistas que seguem e aplaudem as intervenções de Fernando Seara às Segundas-Feiras no programa de futebol O Dia Seguinte da SIC Notícias.
E a expressão desse distanciamento tomou a forma de piadas, uma das quais era acerca dos mandamentos associados a qualquer intervenção de José Goulão comentando um qualquer acontecimento que tivesse ocorrido no Médio Oriente:
Artigo 1º – Os palestinianos têm sempre razão.
Artigo 2º – Os palestinianos têm toda a razão.
Artigo 3º – Em situações nebulosas aplicam-se os artigos anteriores.
A óbvia parcialidade de Goulão fez a sua cotação mediática baixar, substituída progressivamente pelas reportagens televisivas dos irmãos Cymermann (Carlos e Henrique) que, apesar de israelitas, mostravam ser muito mais equilibrados na exposição dos diversos problemas do Médio Oriente.
Mas foi uma pena que a repetição de análises eivadas de uma parcialidade visivelmente engajada a uma das partes intervenientes acabasse por vir a retirar interesse jornalístico às intervenções de um analista que mostrava tal conhecimento sobre a matéria em que se especializara…
São atitudes desse mesmo tipo, previsivelmente tendenciosas, que acabam por retirar a credibilidade a algumas análises que se vão emitindo e escrevendo sobre os recentes acontecimentos de Timor. Algumas expectáveis, outras nem tanto.
Nem parece razoável que Ana Gomes se gabe de ter incentivado Xanana Gusmão a agir de uma forma que sabemos ser ilegal, nem parece razoável que Paulo Gorjão acredite num descarado bluff australiano (a retirada das suas tropas de Timor) e o use para pretexto para mais um punhado de críticas à condução do processo pelo governo português.
Lamento ter de dizê-lo, mas a verdade é que esse Goulão é um energúmeno. Só isso.
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