
No Público de hoje, dia 9 de Junho, consta um título grande, a vermelho, EUA eliminam líder da Al-Qaeda no Iraque mas moderam optimismo. Até aqui, excelente. O problema vem a seguir com o subtítulo: Morte de Zarqawi fez baixar preço do petróleo para menos de 70 dólares.
Sabe qualquer estudante de estatística que seja aplicado, qual é a diferença entre a técnica de regressão e a correlação. A primeira estabelece a função (traduzida no exemplo acima numa recta) que melhor sintetiza a relação entre dois acontecimentos independentes. A correlação, por sua vez, é o raciocínio que explica e sustenta a relação existente entre os dois acontecimentos.
No gráfico representado, a relação traçada é entre a quantidade total de fósforo e a que é de origem orgânica nas amostras de água recolhidas de um lago. Mas sem correlação, outros gráficos podem haver, com a mesma aparência, mas onde os acontecimentos não parecem ter nada a ver entre si: imagine-se um associando o número de televisores em utilização e o consumo de petróleo. Terá um aspecto bastante parecido com aquele, quantos mais televisores há, mais petróleo se consome, mas a conclusão que se poderá daí extrair é um disparate evidente: os televisores não funcionam a petróleo!
Assim sendo, matar Zarqawi e fazê-lo baixar o preço do barril de petróleo por causa da sua morte pode ser uma dedução extemporânea, para além da impossibilidade científica da hipótese ser testada: é que está fora de questão poder matar Zarqawi vezes sucessivas para verificar quais seriam as reacções do mercado de cada vez que aparecesse morto.
Nas páginas interiores do jornal, a notícia que desenvolve o subtítulo, mais extensa e mais sóbria, remete a causa do abaixamento do preço também à saturação das reservas dos grandes países consumidores, descida de preço essa que, aliás, já se vinha a registar nos dois dias anteriores. Absurdo por absurdo, que tal usar este? Morte de Zarqawi afectou o discernimento do jornalista responsável pela escolha dos cabeçalhos do Público…
Assim sendo, matar Zarqawi e fazê-lo baixar o preço do barril de petróleo por causa da sua morte pode ser uma dedução extemporânea, para além da impossibilidade científica da hipótese ser testada: é que está fora de questão poder matar Zarqawi vezes sucessivas para verificar quais seriam as reacções do mercado de cada vez que aparecesse morto.
Nas páginas interiores do jornal, a notícia que desenvolve o subtítulo, mais extensa e mais sóbria, remete a causa do abaixamento do preço também à saturação das reservas dos grandes países consumidores, descida de preço essa que, aliás, já se vinha a registar nos dois dias anteriores. Absurdo por absurdo, que tal usar este? Morte de Zarqawi afectou o discernimento do jornalista responsável pela escolha dos cabeçalhos do Público…
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