Há pouco, pouco tempo, havia um cachorrinho que gostava muito da dona. Parecesse-lhe que alguém os estava a importunar e era vê-lo ladrando, ladrando, ladrando, ladrando, e até rosnando. Certo dia, talvez importunada com tanto zelo, a dona mandou calar o cachorrinho que ladrava a um senhor que lhe dava troco - Senta!
O cachorrinho ficou triste mas, como era muito obediente, obedeceu. Mas começou a ficar cheio de ciúmes quando a dona deu em continuar a falar com o tal senhor a quem ele estava proibido de ladrar, sem que nenhum deles agora lhe passasse cartão. Sedento de atenção resolveu pôr-se a ladrar a uma outra senhora que parecia também ter importunado a sua dona. Que tentou responder ao cachorrinho tratando-o como se o cachorrinho não fosse um cachorrinho.
Mas a dona parece andar distraída, o que obrigou o cachorrinho a ladrar ainda com mais força para se fazer notado. E assim acaba esta fábula que, embora só tenha um bicho, também tem uma moral como as Fábulas de Esopo: por muito alto que pareçam ladrar, os cachorrinhos são sempre cachorrinhos e nunca devem deixar de ser tratados como tal, senão entusiasmam-se e levam-se a sério… A dona que lhe faça umas coceguinhas!
Veneno, delicioso veneno!
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