Não sei quantos dos leitores deste poste reconhecerão de imediato o nome e o emblema acima afixado. O nome é o de um herói da Banda Desenhada (BD) francesa, um piloto de automóveis muito promissor (ao longo da série vem a tornar-se Campeão do Mundo de Fórmula 1, entre muitos outros títulos...), mas que por acaso também era o filho mais novo do dono de um construtor de automóveis chamado Vaillante (daí o emblema), que se parece inspirar fortemente na Citroën.
Embora muitos fossem – e eu conto-me entre eles - os leitores que não apreciam as características do traço do desenhador da série, Jean Graton, que são muito rudes e de fisionomias pouco variadas, onde as cabeças eram normalmente paralelepipédicas e as expressões das personagens eram desenhadas de forma tão expressiva que se tornavam caricaturas, havia uma certa unanimidade quanto à excelência dos desenhos dos automóveis.
E, seguindo a escola francesa de construtores automóveis, os automóveis da escuderia Vaillante eram particularmente bonitos e verosímeis (em cima, à direita, e ao lado de um Tyrrell 002 de 1971, que existiu mesmo). Paradoxalmente, e tanto quanto sei, as viaturas não eram desenhados por Jean Graton. Conjuntamente com as capas muito apelativas e com o uso e abuso das onomatopeias reproduzindo o som dos motores em alto regime, constituíam as três características que contribuíam para o sucesso de Michel Vaillant.
Evidentemente que é uma série de BD pouco apurada, destinada a ter sucesso junto de uma determinada faixa etária de leitores que depois a ultrapassarem, facilmente se cansam do estilo. Há quase 30 anos que não lia nenhuma história nova de Michel Vaillant quando, numa espécie de retrocesso, dei em pôr-me a ler as histórias iniciais da série (no francês original), cujos títulos já conhecia de outrora e que me haviam feito sonhar: Le Grand Défi, Le Pilote Sans Visage, Le Circuit de la Peur, Route de Nuit e Le 13 Est au Départ.
E descobri-me a apreciá-las! Por razões diferentes das de outrora, evidentemente, que as histórias de Jean Graton não mudaram, apenas eu e a maneira de as ver. Gostei sobretudo porque se tratava de histórias despretensiosas e no limiar da credibilidade, mas que entretêm. Uma surpresa que me pregou aquele piloto da cabeça de paralelepípedo, das histórias onde a cor do cabelo ajudava a distinguir o Michel Vaillant do Steve Warson e onde usar os cabelos compridos era normalmente sinal de falta de carácter… e aonde se acrescenta a ironia adicional de haver uma companhia verdadeira com aquele nome (logo de cima) que fabrica... esquentadores.
Embora muitos fossem – e eu conto-me entre eles - os leitores que não apreciam as características do traço do desenhador da série, Jean Graton, que são muito rudes e de fisionomias pouco variadas, onde as cabeças eram normalmente paralelepipédicas e as expressões das personagens eram desenhadas de forma tão expressiva que se tornavam caricaturas, havia uma certa unanimidade quanto à excelência dos desenhos dos automóveis.
E, seguindo a escola francesa de construtores automóveis, os automóveis da escuderia Vaillante eram particularmente bonitos e verosímeis (em cima, à direita, e ao lado de um Tyrrell 002 de 1971, que existiu mesmo). Paradoxalmente, e tanto quanto sei, as viaturas não eram desenhados por Jean Graton. Conjuntamente com as capas muito apelativas e com o uso e abuso das onomatopeias reproduzindo o som dos motores em alto regime, constituíam as três características que contribuíam para o sucesso de Michel Vaillant.
Evidentemente que é uma série de BD pouco apurada, destinada a ter sucesso junto de uma determinada faixa etária de leitores que depois a ultrapassarem, facilmente se cansam do estilo. Há quase 30 anos que não lia nenhuma história nova de Michel Vaillant quando, numa espécie de retrocesso, dei em pôr-me a ler as histórias iniciais da série (no francês original), cujos títulos já conhecia de outrora e que me haviam feito sonhar: Le Grand Défi, Le Pilote Sans Visage, Le Circuit de la Peur, Route de Nuit e Le 13 Est au Départ.
E descobri-me a apreciá-las! Por razões diferentes das de outrora, evidentemente, que as histórias de Jean Graton não mudaram, apenas eu e a maneira de as ver. Gostei sobretudo porque se tratava de histórias despretensiosas e no limiar da credibilidade, mas que entretêm. Uma surpresa que me pregou aquele piloto da cabeça de paralelepípedo, das histórias onde a cor do cabelo ajudava a distinguir o Michel Vaillant do Steve Warson e onde usar os cabelos compridos era normalmente sinal de falta de carácter… e aonde se acrescenta a ironia adicional de haver uma companhia verdadeira com aquele nome (logo de cima) que fabrica... esquentadores.
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