
Este é um monólogo discursivo de Ferdinand Foch, recolhido - e provavelmente retocado - por um oficial do seu estado-maior mas que, mesmo assim, nos dá uma imagem muito precisa e muito interessante da sua personalidade e da sua forma de trabalhar as questões.
Ferdinand Foch, entre outras funções que desempenhou durante a Guerra, tornou-se o Generalíssimo, comandante de todas as forças aliadas* na Frente Ocidental em Março de 1918, cargo que ocupou até ao fim da Primeira Guerra Mundial, ocorrido em Novembro desse mesmo ano. No altar dos ícones militares da vitória aliada, ficou a pertencer-lhe o lugar principal: além de Marechal de França, também britânicos e polacos lhe conferiram essa distinção suprema de Marechal.
Dá que pensar como é que o inexorável desgaste dos resultados da guerra e das intrigas políticas, que desbastaram o Alto Comando francês durante os três anos e meio de guerra que precederam o apontamento de Foch, conduziu à ascensão hierárquica de uma pessoa que apenas prescreve método e perseverança como solução para a vitória final, num país que, desde Napoleão, sempre andara à procura doutros génios entre as suas chefias militares.

Como um bom corredor de fundo do atletismo, Foch é um excelente exemplo do chefe militar que era necessário para estas circunstâncias, daqueles que compensasse com uma enorme capacidade de resistência, a sua evidente falta de velocidade…
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