A propósito de fotografias simbólicas associadas à vitória aliada na Segunda Guerra Mundial, nesta fotografia de Maio de 1945 podem ver-se três soldados do Exército Vermelho pendurando a bandeira soviética no telhado do edifício do Parlamento Alemão, o Reichstag. Embora esta não seja a fotografia mais famosa daquele acontecimento, esta tem a particularidade de se conseguir identificar claramente o armamento que usavam.
Enquanto no soldado mais próximo da bandeira se nota a parte traseira de uma PPS-43 (em cima), os dois que estão na base do pedestal olhando para cima têm uma PPSh-41 (em baixo) pendurada em frente ao tronco. A primeira é um desenvolvimento da segunda (o número indica o ano de inicio de produção) e há quem defenda que tenha sido a melhor pistola-metralhadora concebida durante a Segunda Guerra Mundial. Mas é desta sua antecessora aqui retratada – muito mais conhecida – que quero falar.
Este tipo de armas era distribuído às unidades de infantaria de elite do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra e a sua reputação enquanto armas muito adequadas ao combate de proximidade como era o caso do combate urbano cresceu ainda mais durante a fase dos combates finais para a conquista de Berlim. Como acontece com o equipamento soviético em geral, uma boa parte do seu sucesso residia na sua simplicidade de concepção, operação e manutenção. Findo o conflito, a PPSh-41 foi depois sendo progressivamente substituída pela AK-47.
Quase vinte anos depois do fim da Segunda Guerra, ainda os soviéticos deveriam ter milhões delas armazenadas (foram produzidas 6 milhões no total), quando os movimentos de libertação das colónias portuguesas lhes começaram a pedir material bélico. E foi assim que muitas delas acabaram a equipar os guerrilheiros que combatiam contra o Exército português durante a Guerra Colonial. Em baixo, veja-se uma PPSh-41 nas mãos da militante à esquerda de Amílcar Cabral nesta evidente fotografia de pose do PAIGC, dedicada ao ramo feminino da organização.
Embora na maioria das fotografias encenadas para propaganda predominem sempre guerrilheiros armados de AK-47 e RPGs, talvez por causa do prestígio das armas (que são mais modernas), nos verdadeiros relatos de guerra feitos pelos ex-combatentes, julgo serem mais frequentes as referências ao poder de fogo das PPSh-41, que no Exército português ganharam a alcunha de costureirinha, por causa do som reconhecível que produziam, parecido ao de uma máquina de costura.
É mesmo de Alma portuguesa, dar um nome assim com diminutivo, entre o respeitador e o quase carinhoso, a uma arma que tanta baixas deve ter causado entre os nossos…
Enquanto no soldado mais próximo da bandeira se nota a parte traseira de uma PPS-43 (em cima), os dois que estão na base do pedestal olhando para cima têm uma PPSh-41 (em baixo) pendurada em frente ao tronco. A primeira é um desenvolvimento da segunda (o número indica o ano de inicio de produção) e há quem defenda que tenha sido a melhor pistola-metralhadora concebida durante a Segunda Guerra Mundial. Mas é desta sua antecessora aqui retratada – muito mais conhecida – que quero falar.
Este tipo de armas era distribuído às unidades de infantaria de elite do Exército Vermelho durante a Segunda Guerra e a sua reputação enquanto armas muito adequadas ao combate de proximidade como era o caso do combate urbano cresceu ainda mais durante a fase dos combates finais para a conquista de Berlim. Como acontece com o equipamento soviético em geral, uma boa parte do seu sucesso residia na sua simplicidade de concepção, operação e manutenção. Findo o conflito, a PPSh-41 foi depois sendo progressivamente substituída pela AK-47.
Embora na maioria das fotografias encenadas para propaganda predominem sempre guerrilheiros armados de AK-47 e RPGs, talvez por causa do prestígio das armas (que são mais modernas), nos verdadeiros relatos de guerra feitos pelos ex-combatentes, julgo serem mais frequentes as referências ao poder de fogo das PPSh-41, que no Exército português ganharam a alcunha de costureirinha, por causa do som reconhecível que produziam, parecido ao de uma máquina de costura.
É mesmo de Alma portuguesa, dar um nome assim com diminutivo, entre o respeitador e o quase carinhoso, a uma arma que tanta baixas deve ter causado entre os nossos…
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