Há entre alguns investidores em bolsa quem adopte uma técnica (estúpida) de reforçar o número de títulos em carteira de um determinado aplicação cuja cotação baixara bruscamente para, segundo eles, lhes baixar o preço médio de aquisição e assim se tornar mais fácil a venda. E é estúpido porque se trata de duas transacções independentes.
Há o Lote A, comprado anteriormente onde se perdeu muito dinheiro, e o Lote B, comprado a um preço substancialmente mais baixo, na expectativa de se poderem realizar mais valias. E há a imaginação do detentor dos dois lotes de títulos, que pretende esperar que a cotação suba para que as mais valias a realizar com o Lote B sejam superiores às menos valias obtidas com o Lote A e fingir que não perdeu dinheiro com a aquisição inicial.
Como é possível explicar a esses distintos investidores/jogadores que o segundo investimento não precisa ser feito nos mesmos títulos e que se está perante um acontecimento independente? Do mesmo modo que o facto de ter saído cara na vez anterior não influência a probabilidade de que torne a sair cara na próxima vez que se atira a moeda ao ar? E foi aí que, como argumento persuasivo, descobri o Efeito Fritz!
O Efeito Fritz mais não é do que um soundbite de uma citação atribuída a Frederico II (1712-1786), Rei da Prússia (1740-86), provavelmente o mais destacado exemplo do despotismo iluminado e também um grande general a quem se costuma atribuir a máxima: Explora-se sempre um sucesso, nunca se reforça um fracasso! Usa-se num contexto mais amplo do que o militar como apelo à imaginação para a resolução de um qualquer problema. E aí, verifiquei que mesmo as mentes mais impermeáveis ao raciocínio estatístico, reagem positivamente.
Eu bem sei que há controvérsia sobre a impermeabilidade da mente do actual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e não só ao raciocínio estatístico... Há até quem lhe chame muitas outras coisas, mas há que reconhecer que o homem ocupa o lugar que ocupa por mandato legítimo do povo norte-americano. Depois do seu discurso de ontem, onde admitiu erros e prometeu mais reforços para o Iraque, dá vontade de perguntar se a chanceler alemã Ângela Merkel, quando o visitou recentemente, não lhe poderia ter ensinado a máxima do seu longínquo antecessor, conhecido afectivamente por Der Alte Fritz?...
* O título do poste é multilingue (embora faça sentido em alemão), com uma erudição algo afectada, aparentada com a que às vezes se pode ler no Abrupto. Só que este é ainda mais selecto porque já se percebeu que José Pacheco Pereira não se sente muito à vontade com o alemão e não o costuma usar... A tradução será: O velho Fritz (forma carinhosa de tratamento do Rei Frederico II da Prússia) e Bush júnior.
Há o Lote A, comprado anteriormente onde se perdeu muito dinheiro, e o Lote B, comprado a um preço substancialmente mais baixo, na expectativa de se poderem realizar mais valias. E há a imaginação do detentor dos dois lotes de títulos, que pretende esperar que a cotação suba para que as mais valias a realizar com o Lote B sejam superiores às menos valias obtidas com o Lote A e fingir que não perdeu dinheiro com a aquisição inicial.
Como é possível explicar a esses distintos investidores/jogadores que o segundo investimento não precisa ser feito nos mesmos títulos e que se está perante um acontecimento independente? Do mesmo modo que o facto de ter saído cara na vez anterior não influência a probabilidade de que torne a sair cara na próxima vez que se atira a moeda ao ar? E foi aí que, como argumento persuasivo, descobri o Efeito Fritz!
O Efeito Fritz mais não é do que um soundbite de uma citação atribuída a Frederico II (1712-1786), Rei da Prússia (1740-86), provavelmente o mais destacado exemplo do despotismo iluminado e também um grande general a quem se costuma atribuir a máxima: Explora-se sempre um sucesso, nunca se reforça um fracasso! Usa-se num contexto mais amplo do que o militar como apelo à imaginação para a resolução de um qualquer problema. E aí, verifiquei que mesmo as mentes mais impermeáveis ao raciocínio estatístico, reagem positivamente.
Eu bem sei que há controvérsia sobre a impermeabilidade da mente do actual presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, e não só ao raciocínio estatístico... Há até quem lhe chame muitas outras coisas, mas há que reconhecer que o homem ocupa o lugar que ocupa por mandato legítimo do povo norte-americano. Depois do seu discurso de ontem, onde admitiu erros e prometeu mais reforços para o Iraque, dá vontade de perguntar se a chanceler alemã Ângela Merkel, quando o visitou recentemente, não lhe poderia ter ensinado a máxima do seu longínquo antecessor, conhecido afectivamente por Der Alte Fritz?...
* O título do poste é multilingue (embora faça sentido em alemão), com uma erudição algo afectada, aparentada com a que às vezes se pode ler no Abrupto. Só que este é ainda mais selecto porque já se percebeu que José Pacheco Pereira não se sente muito à vontade com o alemão e não o costuma usar... A tradução será: O velho Fritz (forma carinhosa de tratamento do Rei Frederico II da Prússia) e Bush júnior.
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