Embora já se afigurasse possível que a OPA que o BCP anunciou pretender realizar sobre o seu rival BPI se viesse a saldar por um fracasso, depois de Jardim Gonçalves ter saído do seu retiro de Deng Xiaoping* para aparecer ao lado de Paulo Teixeira Pinto na última assembleia de accionistas do BPI, a sucessão de notícias posteriores a esse detalhe cada vez mais promovem essa possibilidade a um acontecimento de alta probabilidade.
E o remate final para que todo o episódio se transforme numa certeza de fracasso poderá ter sido dado com a insinuação de Paulo Teixeira Pinto a respeito da falta de patriotismo sobre quem o estará a impedir de concluir a operação com sucesso. Ora eu tenho o maior respeito pelas capacidades intelectuais do marido de Paula Teixeira da Cruz e seria com muito agrado que eu constataria que ele me retribuía essa mesma cortesia.
Sabe-se como estas disputas na aquisição de empresas alheias têm códigos muito próprios que os intervenientes devem conhecer de antemão – creio que neste caso os dois lados as conheciam. Por outro lado, pela complexidade das regras, costumam decorrer perante audiências muito limitadas e selectas. Ainda por cima, o eventual apoio dessas audiências ainda que organizadas em claques em nada contribuem para o desfecho da operação.
Assim sendo, não se percebe o benefício desta espécie de apelo ao apoio tardio ao patriotismo lusitano, gesto que, embora possa parecer simpático, o seu próprio autor estará farto de saber quanto é inconsequente na substância. Será uma aproximação ao gesto recente do FC Porto de Pinto da Costa que, perdendo um jogo em Leiria, logo deu em culpar a arbitragem como se as suas derrotas fossem acontecimentos impossíveis?
Eu não quero cometer a injustiça de equiparar a inteligência de Teixeira Pinto à esperteza de Pinto da Costa, mas visto daqui e deduzido assim, parece mesmo que ele perdeu a jogada para Fernando Ulrich e mostra ter mau perder…
* Assim como Deng Xiaoping manteve o controlo político na China depois de abandonar os lugares de maior destaque reservando para si apenas o de presidente da Comissão Militar Central, assim o faz também Jardim Gonçalves no BCP.
E o remate final para que todo o episódio se transforme numa certeza de fracasso poderá ter sido dado com a insinuação de Paulo Teixeira Pinto a respeito da falta de patriotismo sobre quem o estará a impedir de concluir a operação com sucesso. Ora eu tenho o maior respeito pelas capacidades intelectuais do marido de Paula Teixeira da Cruz e seria com muito agrado que eu constataria que ele me retribuía essa mesma cortesia.
Sabe-se como estas disputas na aquisição de empresas alheias têm códigos muito próprios que os intervenientes devem conhecer de antemão – creio que neste caso os dois lados as conheciam. Por outro lado, pela complexidade das regras, costumam decorrer perante audiências muito limitadas e selectas. Ainda por cima, o eventual apoio dessas audiências ainda que organizadas em claques em nada contribuem para o desfecho da operação.
Assim sendo, não se percebe o benefício desta espécie de apelo ao apoio tardio ao patriotismo lusitano, gesto que, embora possa parecer simpático, o seu próprio autor estará farto de saber quanto é inconsequente na substância. Será uma aproximação ao gesto recente do FC Porto de Pinto da Costa que, perdendo um jogo em Leiria, logo deu em culpar a arbitragem como se as suas derrotas fossem acontecimentos impossíveis?
Eu não quero cometer a injustiça de equiparar a inteligência de Teixeira Pinto à esperteza de Pinto da Costa, mas visto daqui e deduzido assim, parece mesmo que ele perdeu a jogada para Fernando Ulrich e mostra ter mau perder…
* Assim como Deng Xiaoping manteve o controlo político na China depois de abandonar os lugares de maior destaque reservando para si apenas o de presidente da Comissão Militar Central, assim o faz também Jardim Gonçalves no BCP.
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