31 janeiro 2007

PAUL WOLFOWITZ, O FALCÃO QUE SE TENTOU ESCAPULIR, NÃO PELO MEIO DOS PINGOS DA CHUVA, MAS PELO MEIO DOS DENTES DO PENTE…

Já nem todos os que acompanham os assuntos de política internacional – especialmente a situação iraquiana – se lembrarão que uma das figuras que mais ênfase deu à invasão norte-americana do Iraque. Mais do que outros de maior proeminência mediática, Paul Wolfowitz, enquanto Subsecretário da Defesa, é considerado nalguns círculos como o arquitecto intelectual da intervenção americana no Médio Oriente.

E, mesmo tendo-se desenfiado a tempo, antes que o fiasco iraquiano fosse percebido na América em todo o seu esplendor, quando abandonou a administração para assumir a presidência do Banco Mundial, haverá muitos que não esquecem as responsabilidades de Wolfowitz pelo atoleiro onde os Estados Unidos se envolveram, e o lembrem em artigos de fundo, como este do mês passado, publicado no Los Angeles Times.

Complementarmente, o homem é um burgesso. Já Michael Moore o havia transformado num palhaço (acima) no seu filme sobre o 11 de Setembro, ao surpreendê-lo a lamber o pente antes de o passar no cabelo, para que este ficasse melhor assente… E as provas de amizade e consideração continuam: agora trata-se de um pequeno episódio quando em visita a uma mesquita na Turquia onde, naturalmente, teve de se descalçar… observem atentamente a fotografia abaixo:

Excluindo a priori, por absurda, a hipótese de que o vencimento de presidente do Banco Mundial não chegue para manter um guarda roupa minimamente em condições, há que adicionar a circunstância de, estando Paul Wolfowitz de visita à Turquia e conhecendo de antemão como era o programa da sua visita, não antecipasse que a visita à mesquita implicasse, como é tradicional, que tivesse de se descalçar…

Ou será que Wolfowitz, um dos ideólogos por excelência da implantação de democracias em terras muçulmanas, nem esse detalhe da cultura islâmica conhecia?

1 comentário:

  1. Quando se muda de “tacho” um político americano, saído das fileiras, pouco recomendáveis, da “latrina” que caracteriza o sistema, corrompido e corrupto, como para provar que os partidos são os coveiros da democracia, correm-se riscos desnecessários!

    Quanto ao Banco Mundial, (como o BCE!) não tem nem metade daquilo que merece: um rotundo “NÃO”, pelo fiasco que representa e pelo “oportunismo” que o rege!

    R.I.P., com presidente e tudo!!!

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