Ainda há pouco, ouvi de raspão no programa da SIC Notícias em que Paulo Portas vai lá falar:
“… é que, em Espanha, ao contrário de Portugal, a Constituição foi aprovada quase por unanimidade…”
Era no mínimo estranho que Portas mostrasse desconhecer como havia sido a votação que havia aprovado a Constituição portuguesa.
Ela foi aprovada a 2 de Abril de 1976 com os votos favoráveis dos deputados constituintes de todos os partidos à excepção dos do CDS (na altura ainda não era PP…) que totalizavam 16, num universo de 250. Ou seja, a Constituição portuguesa terá sido aprovada por 93% dos deputados constituintes…
Uma pequena investigação suplementar demonstrou que, no caso espanhol, na votação final no Congresso de Deputados se contaram 6 votos contrários e 14 abstenções, num total dos seus 350 membros, ou seja uma aprovação de 94%. Será aquele 1% que fará toda a diferença para a quase unanimidade?
Mas o melhor foi mesmo que, como subproduto da investigação, descobri quão improvável era que Portas desconhecesse esses factos, uma vez que encontrei um artigo de há menos de um ano (2 de Abril) do Diário de Notícias, onde se narra como, por ocasião das comemorações dos 30 anos da Constituição, o CDS (e precisamente Paulo Portas em sua representação) se tornara a isolar em relação ao ambiente de comemoração…
Se isto acontece numa passagem de raspão, imagino como serão o resto dos programas… Como dizia a minha avó, a respeito de pessoas que têm uma relação com o rigor e verdade que Paulo Portas deu mostras, cada vez que diz uma verdade, cai-lhe um dente... E ele ainda lá parece ter uma dentição magnífica com aspecto que ali está para durar, acrescentaria eu…
“… é que, em Espanha, ao contrário de Portugal, a Constituição foi aprovada quase por unanimidade…”
Era no mínimo estranho que Portas mostrasse desconhecer como havia sido a votação que havia aprovado a Constituição portuguesa.
Ela foi aprovada a 2 de Abril de 1976 com os votos favoráveis dos deputados constituintes de todos os partidos à excepção dos do CDS (na altura ainda não era PP…) que totalizavam 16, num universo de 250. Ou seja, a Constituição portuguesa terá sido aprovada por 93% dos deputados constituintes…
Uma pequena investigação suplementar demonstrou que, no caso espanhol, na votação final no Congresso de Deputados se contaram 6 votos contrários e 14 abstenções, num total dos seus 350 membros, ou seja uma aprovação de 94%. Será aquele 1% que fará toda a diferença para a quase unanimidade?
Mas o melhor foi mesmo que, como subproduto da investigação, descobri quão improvável era que Portas desconhecesse esses factos, uma vez que encontrei um artigo de há menos de um ano (2 de Abril) do Diário de Notícias, onde se narra como, por ocasião das comemorações dos 30 anos da Constituição, o CDS (e precisamente Paulo Portas em sua representação) se tornara a isolar em relação ao ambiente de comemoração…
Se isto acontece numa passagem de raspão, imagino como serão o resto dos programas… Como dizia a minha avó, a respeito de pessoas que têm uma relação com o rigor e verdade que Paulo Portas deu mostras, cada vez que diz uma verdade, cai-lhe um dente... E ele ainda lá parece ter uma dentição magnífica com aspecto que ali está para durar, acrescentaria eu…
Caricatura (excelente) da Paulo Portas da autoria de Hugo Passeira retirada daqui. Eu bem sei que ele não é o Pinóquio mas, mesmo assim, o nariz podia estar um pouquinho mais crescido...
Pois é, amigo.
ResponderEliminarMas são estes abencerragens que têm espaço na comunicação social. Razão tem a Sofia, do Defender o Quadrado.
Parecendo que não, 1% não é irrelevante. Por um se ganha, por um se perde.
ResponderEliminarOu talvez sejam pequenos nadas, afinal, como o valor do PIB do amigo Guterres, "é só fazer as contas".
"É a vida", neste país que compra submarinos e deixa morrer pescadores na borda d'água...
Não me incomoda o espaço na comunicação social de Portas. Democracia é isso, espaço para todos, haja audiências para os ver. Pela minha parte, até podia lá estar no lugar de Portas a astróloga Maya a falar da influência de Urano para esse dia sobre os nascidos sob a constelação de Sagitário…
ResponderEliminarO problema maior, como a Sofia indica, assenta na presença assentada diante de Portas de uma senhora (Clara de Sousa) que, dos assuntos falados se percebe que não percebe nada, legitimando como diálogo, aquilo que de monólogo não passa…
Com as minhas desculpas pelo atraso no comentário ao comentário, Paciente, o assunto que menciona, das prioridades assumidas por Paulo Portas enquanto ministro da Defesa pela aquisição dos submarinos em detrimento de outros equipamentos, nomeadamente meios de busca e salvamento teria sido uma questão interessante para lhe colocar. Será que lha colocaram? Como disse, não vejo o programa de Portas, satisfaço a minha dose semanal de conversas da tanga ouvindo Marcelo Rebelo de Sousa, e mesmo aí, nem sempre…
ResponderEliminarOlá, obrigado pela "boa" crítica´. Já nem me lembrava desse trabalho.
ResponderEliminarEM relação à questão do nariz, fiz o que pude. ahahah
Até breve
Atenciosamente
H.Passeira