Se houve género que nunca me lembro de ter faltado na RTP foi o da série policial, mesmo quando o policial era mesclado com um bocadinho de exótico para despertar as atenções. Algumas, que eu não via (porque tinha de ir para a cama…) e mesmo que visse não perceberia nada, estão agora a ser passadas na RTP Memória, como são os casos de O Santo e de Missão Impossível.
E através dessas repetições, o estatuto mítico que delas guardava levou um portentoso abanão, o que me levou a, retrospectivamente, saudar a decisão da altura dos meus pais que achavam que devia ir para a cama cedo porque aqueles filmes não eram para mim. Ricos sonos recatados. Descobri agora que, ainda hoje e com esta idade, ver Roger Moore a fazer passar-se por Simon Templar nunca terá sido para mim…
Fica-me a dúvida se uma hipotética redescoberta de Raymond Burr no seu carrinho de rodas em Ironside ou de Patrick Macnee com os seus chapéus de coco e de chuva dos Vingadores também se podem vir a revelar já não serem para mim…
E através dessas repetições, o estatuto mítico que delas guardava levou um portentoso abanão, o que me levou a, retrospectivamente, saudar a decisão da altura dos meus pais que achavam que devia ir para a cama cedo porque aqueles filmes não eram para mim. Ricos sonos recatados. Descobri agora que, ainda hoje e com esta idade, ver Roger Moore a fazer passar-se por Simon Templar nunca terá sido para mim…
Fica-me a dúvida se uma hipotética redescoberta de Raymond Burr no seu carrinho de rodas em Ironside ou de Patrick Macnee com os seus chapéus de coco e de chuva dos Vingadores também se podem vir a revelar já não serem para mim…
E o Colombo, deixavam-te ver?
ResponderEliminarO Colombo já é da década de 70. Esses já via. Falarei dele e doutros policiais da época na próxima nostalgia. E da nostalgia de deixar de ver televisão à noite quando fui para o Colégio em 72.
ResponderEliminarPorque nessa altura Rantas - 15 anos depois da inauguração da TV em Portugal... - não havia televisores nas Salas de Leitura da companhia.
Se foste para o Colégio em 72 deves ser do curso do meu primo - 442/Comuna. Não?
ResponderEliminarOlha que nos dois anos em que estivemos na mesma turma o Vargas, embora fosse "exoticamente" comuna, foi sempre tratado - por mim, pelo menos, e pelos outros, que me lembre - por Vargas.
ResponderEliminarEssa do comuna, se fosse alcunha, não me lembro que fosse forma de tratamento, apenas de referenciação, numa época em que os comunas ali eram tão raros que mereceriam a atenção - se já existisse... - da Quercus.
Pensando melhor, reconheço que me esqueci dos mentecaptos que pudessem empregar o termo para o insultar...
ResponderEliminarMas isso, não transforma a expressão numa alcunha.
Eu entrei logo depois dele sair no 5º ano - aliás, "herdei" o número dele - e sempre que alguém falava dele, usava esse epíteto. Fiquei convencido que seria mesmo a alcunha dele, ganha nos últimos anos. Hei-de perguntar-lhe se via a expressão como alcunha ou como insulto :-)
ResponderEliminar