As circunstâncias que me levaram a ler vários livros de ficção científica – género de que, confesso, não sou particular apreciador – nunca me foram simpáticas porque estão associadas ao facto de estar internado e há tempo suficiente para já ter esgotado o stock de policiais da colecção Vampiro da papelaria da esquina o que me obrigava a virar-me para a colecção Argonauta.
Dos poucos que retive, vale a pena destacar este Eclipse Total, da autoria de John Brunner, que tem uma história de que me lembrei faz uns dias. Os humanos haviam descoberto um planeta onde havia existido uma espécie inteligente que se tinha extinguido. Mas isso havia acontecido apenas à espécie inteligente; outras, aparentadas fisicamente continuavam a reproduzir-se, imperturbáveis.
O livro acompanha as investigações da missão colocada no planeta para descobrir o que lhes havia acontecido. No final conclui-se que a espécie se havia extinto devido a uma espécie de bancarrota genética: como cada indivíduo era bissexual, macho na fase inicial da vida sexual e fêmea na sua fase terminal, tinha havido um movimento económico especulativo que conduzira à extinção da espécie.
Foi este cruzamento desastroso entre leis da economia e leis da hereditariedade que me ocorreu outro dia, ao ler que, segundo uma sondagem realizada na Alemanha, cerca de 30 ou 40% das jovens alemãs questionadas não tencionam vir a ter filhos para não perturbarem a sua carreira profissional. São números que, a manterem-se, não causando a extinção da espécie, poderão vir a causar a implosão da cultura alemã…
Dos poucos que retive, vale a pena destacar este Eclipse Total, da autoria de John Brunner, que tem uma história de que me lembrei faz uns dias. Os humanos haviam descoberto um planeta onde havia existido uma espécie inteligente que se tinha extinguido. Mas isso havia acontecido apenas à espécie inteligente; outras, aparentadas fisicamente continuavam a reproduzir-se, imperturbáveis.
O livro acompanha as investigações da missão colocada no planeta para descobrir o que lhes havia acontecido. No final conclui-se que a espécie se havia extinto devido a uma espécie de bancarrota genética: como cada indivíduo era bissexual, macho na fase inicial da vida sexual e fêmea na sua fase terminal, tinha havido um movimento económico especulativo que conduzira à extinção da espécie.
Foi este cruzamento desastroso entre leis da economia e leis da hereditariedade que me ocorreu outro dia, ao ler que, segundo uma sondagem realizada na Alemanha, cerca de 30 ou 40% das jovens alemãs questionadas não tencionam vir a ter filhos para não perturbarem a sua carreira profissional. São números que, a manterem-se, não causando a extinção da espécie, poderão vir a causar a implosão da cultura alemã…
Ao ver o título "Total Eclipse", pensei que teria a ver com esta acrobática cambalhota do Governo que anda a contorcERSE por causa do aumento do preço da electricidade.
ResponderEliminarAfinal, não, embora tenha alguma relação pois, bem vistas as coisa, a juventude alemã parece estar fundida.
e "um estranho numa terra estranha?". fabuloso.
ResponderEliminarmas o paciente inglês não deixa de etr sentido premonitório e apurado sentido da realidade embora eu pense que isto é mais um buraco negro em que entrámos do que um eclipse total.
cumprimentos
f