Não me quero abalançar a produzir análises sobre sondagens quando há na blogosfera quem demonstre tal qualidade nessa tarefa. Mas não resisto a uma incursãozinha irónica no tema, quando descubro que, num apontamento duma notícia do Público, intitulada Vitória no Iraque “é possível”, num “prazo realista”, dizem EUA, uma sondagem da CNN concluía que 20% da população americana acredita que os Estados Unidos estão a vencer a guerra, enquanto outros 20% considera que são os insurrectos e os restantes 60% acham que a situação é demasiado caótica para qualquer das partes declarar vitória.
Ora, penso já aqui me ter referido no blogue ao patamar de 20% de norte-americanos que acham sempre que sim quando inquiridos sobre qualquer questão. Deve-se a Michael Moore a descoberta dessa referência, que julgo que deva ser importante para a análise de qualquer sondagem efectuada nos Estados Unidos, quando, no seu programa de televisão, obteve uns surpreendentes 21% de respostas positivas numa sondagem em que se inquiria qual a opinião do entrevistado sobre a aceitabilidade de um ataque à Suécia na luta dos Estados Unidos contra o terrorismo…
Em rigor, essa franja de lunáticos exposta por Moore – que estarão certamente presentes entre as respostas obtidas e tratadas pela CNN - pode não ter votado em bloco à questão levantada a respeito do Iraque. No entanto, a obtusidade e a assertividade demonstradas na resposta à pergunta original sobre a ameaça sueca levar-me-á ao risco de assumir que terão o perfil de quem se pronuncia por opções definitivas. Se assim for, encontrar-se-ão entre os que, nos extremos, acreditam que a vitória está a pertencer aos Estados Unidos ou, muito pelo contrário, que ela está a pertencer aos insurrectos…
Suspeito – mas isto agora já não é científico, será antes a minha intuição a falar… – que seja a primeira hipótese a verdadeira. E mais, que se aquele grupo fosse especificamente inquirido sobre outros assuntos fora da política internacional, como a evolução das espécies, a mecânica celeste ou mesmo a existência do Pai Natal, obter-se-iam resultados pitorescamente interessantes…
Ora, penso já aqui me ter referido no blogue ao patamar de 20% de norte-americanos que acham sempre que sim quando inquiridos sobre qualquer questão. Deve-se a Michael Moore a descoberta dessa referência, que julgo que deva ser importante para a análise de qualquer sondagem efectuada nos Estados Unidos, quando, no seu programa de televisão, obteve uns surpreendentes 21% de respostas positivas numa sondagem em que se inquiria qual a opinião do entrevistado sobre a aceitabilidade de um ataque à Suécia na luta dos Estados Unidos contra o terrorismo…
Em rigor, essa franja de lunáticos exposta por Moore – que estarão certamente presentes entre as respostas obtidas e tratadas pela CNN - pode não ter votado em bloco à questão levantada a respeito do Iraque. No entanto, a obtusidade e a assertividade demonstradas na resposta à pergunta original sobre a ameaça sueca levar-me-á ao risco de assumir que terão o perfil de quem se pronuncia por opções definitivas. Se assim for, encontrar-se-ão entre os que, nos extremos, acreditam que a vitória está a pertencer aos Estados Unidos ou, muito pelo contrário, que ela está a pertencer aos insurrectos…
Suspeito – mas isto agora já não é científico, será antes a minha intuição a falar… – que seja a primeira hipótese a verdadeira. E mais, que se aquele grupo fosse especificamente inquirido sobre outros assuntos fora da política internacional, como a evolução das espécies, a mecânica celeste ou mesmo a existência do Pai Natal, obter-se-iam resultados pitorescamente interessantes…
Habitualmente, as empresas que fazem as sondagens indicam a margem previsível de erro, uns 2% ou lá próximo.
ResponderEliminarNos USA essa margem é, no mínimo, de 21%.
Por cá, se nos perguntarem se acreditamos na Justiça, nos políticos, nos árbitros, nos presidentes de Câmara,nos sindicalistas, nas brigadas de trânsito da GNR, na classe médica, nos advogados, nos professores e nos nadadores-salvadores, nem aos 20% chegamos...
No Pai Natal acreditamos porque já há quem o tenha visto à porta do Colombo.
E também acreditamos nos senhores Pinto da Costa, Valentim, Madaíl, Scolari, Veiga e Inocêncio Calabote. A 100%.
A
Excluíndo Inocêncio Calabote, essa velha legenda que está para a arbitragem como Alves dos Reis está para a administração bancária, há que acreditar sobretudo naqueles últimos nomes citados, que são os responsáveis pela verdade desportiva de que temos desfrutado em Portugal - como o slogan do antigo matutino O Diário, "A Verdade a Que Temos Direito"
ResponderEliminarNão é só cá!
ResponderEliminarO diário francês “Le Monde” publicava, há poucos dias, uma sondagem em que os valores dos políticos eram arrasados!
60% dos inquiridos consideravam os políticos corruptos...
Ainda bem que ninguém se lembrou de fazer uma sondagem destas num certo país que todos conhecemos!!!