28 outubro 2006

ESCROQUES

Foi significativo ver as imagens televisivas de ontem da audiência onde Vale e Azevedo foi condenado, mais uma vez, a sete anos e meio de prisão, agora por falsificação de documentos. E foi, para além disso, patético vê-lo enquanto deambulava pela sala procurando as mãos que não lhe eram estendidas para o cumprimentar mas que ele agarrava, apesar de tudo, num esforço de mostrar uma popularidade que já há muito não existe, falha dos órgãos de comunicação – especialmente a SIC – que no passado a promoveram.

É nestes momentos se percebe como é frágil a sustentação de muitos figurões do futebol – que se andam a evadir às visitas às salas de audiência dos tribunais... – e quão importante tem sido a conduta inadmissivelmente neutral de uma esmagadora maioria dos órgãos de comunicação social perante o acumular de informações graves sobre a corrupção desportiva, o que torna esses órgãos de comunicação social em cúmplices, por omissão, da falta de existência de uma verdadeira sanção social à conduta demonstrada pelos tais figurões.
A fotografia é do jornal A Bola, jornal em que aquilo que aqui escrevi assenta que nem uma luva...

1 comentário:

  1. São gatos (mal) escondidos, com o rabo todo de fora, que, durante anos, são promovidos e protegidos por uma comunicação social que com eles alinha por comerem todos do mesmo bolo que é o dinheiro sujo do futebol.
    A presidência de um grande clube confere uma espécie de imunidade (para lamentar) comparável à dos deputados que é parlamentar.
    O trocadilho é fácil, mas a realidade é complexa.
    A protecção acaba quando o rei é deposto e a farsa continua...
    Ninguém conhece melhor a podridão do futebol do que os jornalistas, mas eles calam-se, fingem ignorar e, pior que isso, enganam o público , pintam de cores celestiais a ignomínia, tudo porque vivem daquilo, são cúmplices e reféns.
    Alguns até serão sérios, mas precisam. E alinham.

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