Se analisarmos o gesto com seriedade, a cabriola de João Miranda ao manifestar-se neste post um entusiástico simpatizante das ideias do recém-nomeado Prémio Nobel da Paz, Muhammad Yunus, é apenas mais uma de uma descomunal pilha de habilidades argumentativas já empregues, que retiram ao autor qualquer veleidade de poder ser levado a sério quanto às opiniões que emite, se isso fosse sua intenção.
E no entanto, há em João Miranda algo de estimável, a merecer análise sociológica séria, numa linha extremamente parecida à do saudoso Zandinga que, recorde-se, era conhecido por dizer e profetizar uma data de disparates mas a quem nunca faltava audiência para os ouvir dizer. Lembremos que Zandinga deixou o seu nome no idioma português: usar a expressão ser como o Zandinga tem hoje um significado preciso.
Será que no futuro virá a vingar no nosso idioma a expressão à joão miranda por sinónimo de uma opinião descabelada e inconsequente mas muito interessante?
E no entanto, há em João Miranda algo de estimável, a merecer análise sociológica séria, numa linha extremamente parecida à do saudoso Zandinga que, recorde-se, era conhecido por dizer e profetizar uma data de disparates mas a quem nunca faltava audiência para os ouvir dizer. Lembremos que Zandinga deixou o seu nome no idioma português: usar a expressão ser como o Zandinga tem hoje um significado preciso.
Será que no futuro virá a vingar no nosso idioma a expressão à joão miranda por sinónimo de uma opinião descabelada e inconsequente mas muito interessante?
Um pouco absurdo. O João Miranda argumenta. Aqui só se critica o João Miranda sem nenhum argumento.
ResponderEliminarSão curiosas as circunstâncias em que usa o adjectivo absurdo e generosas as suas considerações sobre o que constituem argumentos. Acha deveras que a maioria daquilo que João Miranda escreve contém argumentos? Para serem levados a sério? Se acha que sim...
ResponderEliminarPensando melhor, assumindo a minha culpa, e imaginando a sua possível dificuldade de abstracção, prezado anónimo-que-considera-o-post-um-pouco-absurdo (só um pouco…), permita-me comentar um post típico de João Miranda (JM), aquele a quem calhou fazer a ligação, e que se mostra pejado de argumentação, na sua opinião:
ResponderEliminarComeça assim: “Ganhou o micro-capitalismo”. Seria importante, porque JM considera que ganhou o tal de micro-capitalismo, fundamentar a sua opinião e, já agora, que nos explicasse o que isso é. Tanto mais que a continuação do seu raciocínio aponta para um outro fenómeno ("Agora já só falta que o papel do macro-capitalismo seja reconhecido"), um tal de macro-capitalismo que não sabemos se é uma antítese ou um complemento do inicial, o micro-capitalismo. Porque o problema seguinte não se presta a dúvidas ("Se funciona em ponto pequeno, se calhar também funciona em ponto grande"), nem mesmo para o PCP que está sempre disposto a defender-nos dele (do capitalismo original, sem micros ou macros), a grande disputa ideológica trava-se quanto às consequências do seu funcionamento… E à pergunta final ("Por falar nisso, quem inventou o capitalismo?") respondo-a depois de me responderem quem inventou a relatividade…
Aqui há uns anos havia um anúncio de TV que terminava: Foi você que pediu um Porto Ferreira?... Neste caso, foi você que falou nos argumentos de João Miranda?...