Abri, ao calhas, o livro de Santana Lopes, Percepções e Realidade. Aterro na página (p.117) onde se refere ao episódio da tomada de posse de Paulo Portas e da sua reacção ao anúncio da designação do ministério de que ia ser titular:
Falámos sobre a designação do Ministério. Eu queria que os Assuntos do Mar ficassem de facto registados em título de pasta, de Ministério, como desígnio nacional. (…) Punha-se a questão – sobre a qual conversei também com o Presidente da República – se o cargo de Paulo Portas se devia intitular ministro de Estado e dos Assuntos do Mar e da Defesa Nacional ou ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar. A única surpresa que o ministro Paulo Portas pode ter sentido foi sobre a ordem dos elementos constitutivos da designação do seu cargo. Mais nenhuma.
Estão à distância de um clique as imagens da reacção de Paulo Portas a murmurar… O murmúrio não parece ter muito a ver com a ordem dos elementos constitutivos da designação do seu cargo… Uma hipótese é que Portas foi para a cerimónia já esquecido que lhe competiam os assuntos do mar, o tal desígnio nacional… Na outra hipótese, mais maldosa, foi o autor que criou esta versão mais suave para legitimar a surpresa manifestada por Portas…
Sendo a primeira verdadeira, é demonstrativa da falta de seriedade que Portas atribuía aos desígnios de Santana Lopes. Sendo a segunda verdadeira, é demonstrativa que tivemos alguém com a mentalidade de adolescente trapalhão na chefia do governo. Em qualquer dos casos, nem sei se me sinto à altura de rematar este poste com um comentário que exprima o que sinto. Aquilo foi tudo mesmo uma brincadeira…
Falámos sobre a designação do Ministério. Eu queria que os Assuntos do Mar ficassem de facto registados em título de pasta, de Ministério, como desígnio nacional. (…) Punha-se a questão – sobre a qual conversei também com o Presidente da República – se o cargo de Paulo Portas se devia intitular ministro de Estado e dos Assuntos do Mar e da Defesa Nacional ou ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar. A única surpresa que o ministro Paulo Portas pode ter sentido foi sobre a ordem dos elementos constitutivos da designação do seu cargo. Mais nenhuma.
Estão à distância de um clique as imagens da reacção de Paulo Portas a murmurar… O murmúrio não parece ter muito a ver com a ordem dos elementos constitutivos da designação do seu cargo… Uma hipótese é que Portas foi para a cerimónia já esquecido que lhe competiam os assuntos do mar, o tal desígnio nacional… Na outra hipótese, mais maldosa, foi o autor que criou esta versão mais suave para legitimar a surpresa manifestada por Portas…
Sendo a primeira verdadeira, é demonstrativa da falta de seriedade que Portas atribuía aos desígnios de Santana Lopes. Sendo a segunda verdadeira, é demonstrativa que tivemos alguém com a mentalidade de adolescente trapalhão na chefia do governo. Em qualquer dos casos, nem sei se me sinto à altura de rematar este poste com um comentário que exprima o que sinto. Aquilo foi tudo mesmo uma brincadeira…
É fácil, cómodo e(em parte) justificado bater no ceguinho.
ResponderEliminarPSL é um alvo fácil, é verdade.
Mas, naquele imbróglio da saída de Durão, a entrada e a saída de Santana, a responsabilidade maior foi de Sampaio que não teve coragem para NA ALTURA PRÓPRIA ter tomado uma posição firme.
Depois, tardia e suspeitamente, fez o que lhe convinha, marcar eleições quando podia ter pedido à maioria legítima outro nome para substituir Santana.
Mas é tão apetecível gozar com Santana! Ao fazê-lo, cada um de nós sente-se o melhor do mundo, o mais inteligente e o mais sapiente...
O anónimo, deixe-me dizer-lhe, está muito confuso:
ResponderEliminarAtribuir e comentar as responsabilidades a Pedro Santana Lopes não isenta delas Durão Barroso, Jorge Sampaio ou, já agora, aquela centena de conselheiros nacionais do PSD que votaram a nomeação de Santana Lopes para o cargo de 1º ministro.
Cada um destes mencionados terá a sua quota-parte de culpa, cujas responsabilidades podem ser invocadas e as respectivas acções condenadas separadamente, sem ser num clima parecido com o de uma criança que não suporta ser castigada sozinha…
E só se bate em Santana Lopes porque ele se põe a jeito. Ninguém lhe pediu e ninguém o forçou a publicar este livro de justificações… Que, pela amostra anexa, parece conter mais do mesmo em relação ao estilo a que nos habituou, o que indicia que não aprendeu nada, o que só torna as suas ameaças de retorno futuro em cenas ainda mais gagas.
Apesar de, pessoalmente, não parecer pessoa má formada, Santana Lopes não é uma espécie protegida pela Quercus, mas um político ambicioso cujas ambições – e ele não quer ser meu amigo, quer tornar a dirigir o meu país – já mostraram superar as suas capacidades.
Não vou ler as “justificações” de PSL!
ResponderEliminarConsidero que é dinheiro mal gasto e, para me divertir, prefiro o “Gato Fedorento”... Esses, pelo menos, NÃO FINGEM que levam ISTO a sério!