Se a importância de um livro se medir pela frequência com que dele nos lembramos então Yes, Prime Minister será um dos livros mais importantes que tive oportunidade de ler. E se, como série de televisão, Yes, Prime Minister ainda se pode classificar na categoria das que importa mostrar que se conhece, embora seja importante não afectar demasiado apreço – já é tão antiga!... – o livro nem sequer aparece cotado na tabela das conversetas de cocktail.
O pretexto para a lembrança foram os títulos dados às três hipóteses colocadas pelos Comandos Militares norte-americanos para a evolução do seu envolvimento militar no Iraque: Go Big, Go Long, Go Home. Como se depreende dos títulos (uma escolha feliz), a primeira hipótese implica o aumento do envolvimento, com mais efectivos, a segunda, o prolongamento do envolvimento, embora reduzindo os efectivos, e a terceira, o fim do envolvimento.
Sem tropas suficientes para aumentar o envolvimento e ainda sem lata suficiente para se porem a cavar do Iraque, a resposta final tem tanto de inesperado como a adivinha sobre qual a casa dos três porquinhos que resistirá ao lobo mau: a de palha, a de madeira ou a de tijolo? Mas, só para chatear os adivinhadores, os generais arranjaram uma espécie de solução extra-concurso, em que se aumentam os efectivos por pouco tempo, para depois os reduzir e permaneceram reduzidos por muito tempo…
E onde é que entra a associação de Yes, Prime Minister a todo este episódio? Na recordação dos ensinamentos que Sir Humphrey Appleby prestou ao seu discípulo Bernard Woolley sobre a forma como um comité (tal qual o dos generais americanos) se deveria conduzir e produzir um documento síntese para apoio da decisão do primeiro-ministro num espinhoso caso de política externa. O documento deveria ter sempre três opções, especificou Sir Humprey:
A opção A era a correcta. A B era a opção A mas redigida de outra maneira. Se o primeiro-ministro, obtuso, escolhesse, apesar de tudo isso, a opção C, demonstrava-se-lhe que isso desencadearia a III Guerra Mundial em menos de 48 horas…
O pretexto para a lembrança foram os títulos dados às três hipóteses colocadas pelos Comandos Militares norte-americanos para a evolução do seu envolvimento militar no Iraque: Go Big, Go Long, Go Home. Como se depreende dos títulos (uma escolha feliz), a primeira hipótese implica o aumento do envolvimento, com mais efectivos, a segunda, o prolongamento do envolvimento, embora reduzindo os efectivos, e a terceira, o fim do envolvimento.
Sem tropas suficientes para aumentar o envolvimento e ainda sem lata suficiente para se porem a cavar do Iraque, a resposta final tem tanto de inesperado como a adivinha sobre qual a casa dos três porquinhos que resistirá ao lobo mau: a de palha, a de madeira ou a de tijolo? Mas, só para chatear os adivinhadores, os generais arranjaram uma espécie de solução extra-concurso, em que se aumentam os efectivos por pouco tempo, para depois os reduzir e permaneceram reduzidos por muito tempo…
E onde é que entra a associação de Yes, Prime Minister a todo este episódio? Na recordação dos ensinamentos que Sir Humphrey Appleby prestou ao seu discípulo Bernard Woolley sobre a forma como um comité (tal qual o dos generais americanos) se deveria conduzir e produzir um documento síntese para apoio da decisão do primeiro-ministro num espinhoso caso de política externa. O documento deveria ter sempre três opções, especificou Sir Humprey:
A opção A era a correcta. A B era a opção A mas redigida de outra maneira. Se o primeiro-ministro, obtuso, escolhesse, apesar de tudo isso, a opção C, demonstrava-se-lhe que isso desencadearia a III Guerra Mundial em menos de 48 horas…
A receita ABC é perfeita para gente expedita, mas para o estilo dialogante, "consensualizante", redondo, tautológico e indeciso do engenheiro Guterres, o alfabeto inteiro não seria um luxo...
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